Cidades turísticas do estado de São Paulo estão

Cidades turísticas do estado de São Paulo estão implementando taxas ambientais para visitantes com o objetivo de financiar projetos que minimizem os impactos causados pelo turismo. A cobrança já foi aprovada em Campos do Jordão nesta semana e aguarda sanção do prefeito.

Em Campos do Jordão, no interior paulista, a nova Taxa de Preservação Ambiental (TPA) definirá o valor de R$ 13,48 por dia para turistas que chegarem de carro. Segundo a legislação aprovada pela Câmara, a receita arrecadada deverá ser investida em iniciativas voltadas à preservação ambiental e à mitigação dos efeitos do turismo na cidade.

No litoral paulista, outras duas cidades também criaram taxas semelhantes. São Sebastião vai cobrar R$ 20 por veículo, enquanto em Ilhabela a taxa será de R$ 48 por carro, com implementação prevista para dezembro. Turistas que optarem por Ilhabela poderão ter que pagar a tarifa nas duas cidades, pois o acesso à ilha é feito exclusivamente via São Sebastião.

Durante a alta temporada, longas filas para travessias de balsa são comuns, o que pode resultar no pagamento de ambas as taxas caso o visitante permaneça mais de duas horas entre a chegada a São Sebastião e a travessia para Ilhabela. O prefeito de São Sebastião, Reinaldo Moreira, justificou a iniciativa afirmando que a contribuição dos turistas é necessária para amenizar problemas relacionados ao controle de trânsito, lixo e poluição sonora.

Essas medidas refletem uma tendência que já é adotada em outras regiões turísticas do país. Locais como Fernando de Noronha (PE), Jericoacoara (CE) e Bombinhas (SC) também cobram taxas ambientais para custear a manutenção de seus atrativos naturais.

Desde 2023, a cidade de Ubatuba, no litoral paulista, também dispõe de uma taxa diária para quem visita as praias, com valores que variam de R$ 3,69 até R$ 97, dependendo da época e perfil do visitante. A prefeitura local informou que já investiu quase R$ 120 milhões em projetos de redução dos impactos ambientais decorrentes do turismo.

Moradores e turistas apresentam opiniões divergentes sobre o tema. A vendedora Eleice Diniz considera positiva a ideia de investir na limpeza da cidade para beneficiar os visitantes. Por outro lado, o vendedor Guilherme Romano destaca os custos adicionais como pedágios e alimentação, que aumentam as despesas durante as viagens.

A iniciativa de cobrar taxas ambientais deve se estender para o turismo religioso em Aparecida, que recebe cerca de 10 milhões de turistas por ano. A prefeitura enviou um projeto para a Câmara que prevê a criação da tarifa, com a justificativa de melhorar a segurança e a logística do transporte no município. A empresária Luana Lockes manifestou apoio à proposta, citando benefícios na segurança e na organização da cidade.

As taxas ambientais surgem como uma forma de equilibrar o desenvolvimento turístico com a conservação dos recursos naturais e o bem-estar das comunidades locais. Municípios têm buscado inserir essa cobrança para garantir sustentabilidade e preservar a qualidade dos destinos visitados.

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Fonte: g1.globo.com


Fonte: g1.globo.com

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