O Banco Central da Argentina (BCRA) anunciou nesta

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O Banco Central da Argentina (BCRA) anunciou nesta segunda-feira (15) um novo regime cambial que vincula a faixa de negociação do peso à inflação, com o objetivo de acumular reservas em dólar e estabilizar a economia a partir de 1º de janeiro. A mudança integra um programa do governo de Javier Milei para eliminar os controles cambiais temporários e promover um sistema cambial mais estável.

Segundo o BCRA, os limites inferior e superior da faixa cambial serão ajustados mensalmente com base nos dados oficiais de inflação. O modelo substitui o reajuste fixo de 1% ao mês, índice abaixo da atual inflação, que foi de 2,5% em novembro. A faixa cambial define os valores mínimo e máximo para a cotação do peso, evitando oscilações bruscas no câmbio.

A principal meta da medida é aumentar as reservas em dólar, consideradas essenciais para sustentar o crescimento econômico. O Banco Central pretende adquirir até US$ 10 bilhões, com possibilidade de elevação para US$ 17 bilhões, dependendo dos fluxos do balanço de pagamentos. A iniciativa segue recomendações recentes do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Nesta segunda, a porta-voz do FMI, Julie Kozack, divulgou em rede social que vê positivamente o acesso recente da Argentina aos mercados internacionais e as ações para reforçar o sistema monetário, recompor reservas e avançar nas reformas necessárias para o crescimento. O FMI tem pressionado o país a intensificar a acumulação de reservas para retomar acesso aos mercados de capitais.

Os mercados financeiros reagiram com estabilidade às novas regras. O peso argentino valorizou 0,17%, alcançando 1.438,5 pesos por dólar. O índice acionário S&P Merval registrou alta de 1,13%, e os títulos soberanos também avançaram, especialmente os atrelados ao dólar.

A alteração no regime cambial ocorre em um momento em que a economia argentina apresenta sinais de recuperação. O Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 3,5% no terceiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior, revertendo a queda de 1,9% registrada no trimestre equivalente de 2024.

As novas regras entrarão em vigor a partir de janeiro, reforçando a tentativa do governo de promover um sistema monetário mais previsível e garantir a estabilidade cambial, fator considerado fundamental para a continuidade do processo de recuperação econômica.

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Fonte: g1.globo.com

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Fonte: g1.globo.com

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