A inflação na Argentina acelerou para 2,5% em novembro, segu

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A inflação na Argentina acelerou para 2,5% em novembro, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) divulgados nesta quarta-feira (11). O índice acumulado em 12 meses atingiu 31,4%, ligeiramente acima dos 31,3% registrados em outubro, refletindo a persistência de pressões inflacionárias no país.

O aumento da inflação ocorre em um contexto de ajustes econômicos implementados pelo presidente Javier Milei desde sua posse em dezembro de 2023. As medidas incluem cortes de subsídios em serviços essenciais como água, gás, luz e transporte público, resultando em alta nos preços ao consumidor. Essas ações integram uma reforma mais ampla para tentar controlar as contas públicas e conter a recessão que o país vive.

Nos últimos meses, a inflação mensal manteve-se entre 2% e 3%, mas a ligeira alta em novembro indica que a estabilização ainda é um desafio. A desvalorização do peso argentino em 2025, que recuou mais de 27% frente ao dólar, pressiona os preços e complica o combate à inflação.

A crise política também afeta o cenário econômico. Em setembro, Milei sofreu derrota nas eleições da província de Buenos Aires, o principal colégio eleitoral da Argentina. Além disso, acusações de corrupção envolvendo a irmã do presidente, Karina Milei, abalaram a confiança no governo e impactaram os mercados financeiros.

Para conter a instabilidade cambial, o Banco Central retomou intervenções para frear a alta do dólar. O governo argentino obteve apoio financeiro dos Estados Unidos por meio de um acordo de swap cambial de US$ 20 bilhões em outubro, número que pode chegar a US$ 40 bilhões. O respaldo contribuiu para melhorar a confiança dos investidores e foi seguido por uma vitória eleitoral para os aliados de Milei ainda no mesmo mês.

Desde o início do governo, Milei firmou um acordo de US$ 20 bilhões em empréstimos com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que liberou a maior parte da primeira parcela. O financiamento internacional representa um apoio ao programa de reformas e ao ajuste fiscal do governo, fundamentais para tentar reverter a inflação e expandir a economia.

O governo adotou também medidas para aumentar a liquidez em dólares na economia, incluindo a autorização para cidadãos usarem recursos em moeda estrangeira guardados fora do sistema financeiro sem a obrigatoriedade de declarar a origem, além da flexibilização no uso de pesos e dólares no mercado de títulos públicos.

A inflação elevada, os ajustes fiscais, a instabilidade política e a desvalorização cambial indicam que o desafio para estabilizar a economia argentina permanece significativo. O governo mantém o compromisso de controlar o índice de preços mensais, buscando mantê-lo abaixo de 2%, objetivo fundamental para eliminar restrições cambiais e atrair investimentos.

A continuidade das reformas e o fortalecimento da confiança dos mercados internacionais serão fatores decisivos para a trajetória econômica da Argentina nos próximos meses, enquanto o país enfrenta um cenário de ajustes profundos e tensões políticas persistentes.

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Fonte: g1.globo.com

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Fonte: g1.globo.com

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