O salário mínimo pode alcançar R$ 1.621 em 2026, segundo

O salário mínimo pode alcançar R$ 1.621 em 2026, segundo cálculo feito com base na fórmula atual de correção, que soma inflação e crescimento econômico, mas o valor ainda depende de confirmação pelo governo. O reajuste será aplicado a partir de janeiro, impactando o salário pago em fevereiro.

A correção do salário mínimo utiliza o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado em 12 meses até novembro e o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. Para 2026, a inflação medida pelo INPC foi de 4,18%, e o PIB de 2024 cresceu 3,4%. No entanto, uma lei aprovada no final de 2023 limita o aumento real a 2,5%, para respeitar o teto de gastos do arcabouço fiscal. Assim, o reajuste previsto combina a inflação de 4,18% com o teto de 2,5% para o crescimento real.

O Ministério do Planejamento ainda não se pronunciou oficialmente sobre o valor definitivo do salário mínimo para 2026. O cálculo divulgado pela reportagem leva em conta a regra vigente e as limitações impostas pela nova legislação.

O salário mínimo serve como base para cerca de 59,9 milhões de brasileiros, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Ele influencia trabalhadores contratados no valor do mínimo ou múltiplos, além de aposentados e beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC). O reajuste do piso salarial também afeta o salário médio na economia e o poder de compra dos trabalhadores.

O aumento do salário mínimo tem impacto direto nas contas públicas, pois ele eleva automaticamente despesas com benefícios previdenciários, abono salarial e seguro-desemprego, que não podem ter valores inferiores ao piso nacional. Estima-se que cada R$ 1 de aumento no salário mínimo acarrete uma despesa adicional de aproximadamente R$ 420 milhões em 2026.

Esse crescimento nas despesas obrigatórias reduz recursos disponíveis para gastos discricionários do governo, o que pode afetar áreas como saúde, educação e infraestrutura. Economistas defendem que desvincular o piso dos benefícios previdenciários do salário mínimo e limitar a correção à inflação poderia conter a elevação das despesas públicas e evitar aumento da dívida e dos juros.

Segundo o Dieese, o salário mínimo necessário para manter uma família de quatro pessoas deveria ter sido R$ 7.067,18 em novembro de 2023, valor 4,66 vezes maior que o piso vigente de R$ 1.518. O cálculo considera a garantia constitucional de que o salário mínimo deve cobrir despesas básicas como alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

A discussão sobre o salário mínimo envolve aspectos econômicos, sociais e fiscais, destacando o equilíbrio entre garantir a renda mínima para a população e manter a sustentabilidade das contas públicas. O valor final do reajuste para 2026 ainda dependerá das decisões oficiais do governo nos próximos meses.

Palavras-chave relacionadas: salário mínimo 2026, reajuste salário mínimo, correção salário mínimo, INPC, PIB, teto de gastos, despesas públicas, Dieese, benefícios previdenciários, poder de compra, economia brasileira.

Fonte: g1.globo.com


Fonte: g1.globo.com

Sair da versão mobile