O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,18% em novembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (10). O resultado indica desaceleração em relação a novembro de 2023, quando o índice subiu 0,39%.

No acumulado do ano, o IPCA apresenta aumento de 3,92%. Nos últimos 12 meses, a inflação oficial ficou em 4,46%, abaixo dos 4,68% registrados no período anterior de 12 meses.

Cinco dos nove grupos analisados pelo IBGE tiveram alta em novembro. Despesas pessoais registraram variação de 0,77%, enquanto Habitação cresceu 0,52%. Esses dois grupos foram responsáveis por 0,16 ponto percentual do índice geral, com 0,08 ponto percentual cada.

Outros grupos que tiveram aumento foram Vestuário (0,49%), Transportes (0,22%) e Educação (0,01%). Os demais setores apresentaram queda, entre eles Artigos de residência (-1,00%) e Comunicação (-0,20%).

No grupo Despesas pessoais, o avanço foi puxado pela Hospedagem, que registrou alta de 4,09%. O impacto desse item foi de 0,03 ponto percentual no IPCA de novembro. O aumento expressivo em Hospedagem está associado ao desempenho registrado em Belém, onde os preços da categoria subiram 178,93%, influenciados pela realização da COP-30, conferência do clima da ONU realizada na cidade.

Habitação voltou a subir após recuar 0,30% em outubro, sustentada principalmente pelo aumento da energia elétrica residencial, que subiu 1,27% e contribuiu com 0,05 ponto percentual para o índice do mês. A energia elétrica residencial segue como o item com maior impacto ano a ano e em 12 meses.

Reajustes nas tarifas de energia elétrica foram aplicados em diversas capitais no último mês. Goiânia registrou alta de 19,56% desde 22 de outubro; Brasília, 11,21% na mesma data; São Paulo teve aumento de 16,05% em uma concessionária desde 23 de outubro; e Porto Alegre apresentou reajuste de 21,95% desde 22 de novembro.

Apesar da manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, os reajustes nas tarifas nas capitais impactaram o custo da energia para os consumidores.

No acumulado de novembro, a energia elétrica residencial subiu 15,08% no ano, com impacto de 0,58 ponto percentual no IPCA. Em 12 meses, o aumento foi de 11,41%, com impacto de 0,46 ponto percentual.

Os dados do IBGE mostram que a inflação oficial desacelerou em novembro, mas alguns segmentos, como energia elétrica e hospedagem em locais com eventos específicos, exerceram pressão sobre os preços. A variação geral do índice e seus impactos são monitorados para orientar políticas econômicas e expectativas do mercado.

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Fonte: g1.globo.com