Os Estados Unidos mantêm a sobretaxa de 50% sobre os

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Os Estados Unidos mantêm a sobretaxa de 50% sobre os ovos brasileiros desde agosto de 2025, o que interrompeu o crescimento das exportações para aquele mercado. A medida foi adotada no contexto da crise no setor de ovos nos EUA, causada por um surto de gripe aviária que reduziu significativamente a produção local.

No início de 2025, as exportações brasileiras de ovos para os EUA cresceram rapidamente, passando de 220 toneladas em janeiro para mais de 5.000 toneladas em junho, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A alta nas vendas ocorreu porque o mercado norte-americano enfrentava escassez, com ovos chegando a custar US$ 6,22 a dúzia em março.

No entanto, com a entrada em vigor da sobretaxa de 50% em agosto, as importações caíram drasticamente, chegando a 41 toneladas em outubro. A crise de oferta nos EUA também perdeu intensidade, e o preço médio da dúzia de ovos caiu para US$ 3,48 em setembro, conforme o Bureau of Labor Statistics.

Apesar da redução recente, as exportações brasileiras para os EUA entre janeiro e outubro de 2025 ainda apresentaram aumento de mais de 1.000% em relação ao mesmo período do ano anterior. A ABPA projeta que as vendas para os EUA deverão fechar 2025 com alta de 116,6% em relação a 2024.

Além dos Estados Unidos, outros mercados apresentaram variações nas compras de ovos brasileiros. As importações do Japão cresceram 230% no período entre 2024 e 2025, enquanto o Chile reduziu suas aquisições em 41%. O mercado doméstico ainda absorve a maior parte da produção nacional.

A atividade exportadora do setor de ovos no Brasil tem potencial de crescimento, segundo a ABPA. A produção nacional deve alcançar 62,25 bilhões de ovos em 2025 e pode chegar a 66 bilhões em 2026, o que representa cerca de 287 ovos por habitante neste ano, com previsão de aumento para 307 ovos por pessoa em 2026.

Nos Estados Unidos, a crise no setor de ovos teve início em 2022, quando foi detectado um surto de gripe aviária que levou ao abate de milhões de aves para conter a disseminação da doença. Até novembro de 2025, mais de 8 milhões de aves haviam sido sacrificadas, afetando a capacidade produtiva das granjas.

A política americana exige o abate de todas as aves em contato com um animal infectado, o que prolonga o tempo necessário para a recuperação da produção. A alta demanda combinada com a oferta reduzida levou ao aumento dos preços e à escassez do produto nas prateleiras, chegando a causar restrições de compras em alguns supermercados norte-americanos.

Até hoje, os ovos brasileiros não voltaram a ser liberados para a venda in natura nos EUA. Atualmente, os ovos importados podem ser usados apenas como ingredientes em alimentos processados, como misturas para bolos e sorvetes.

O tarifaço aplicado por Donald Trump mantém-se apenas sobre os ovos, enquanto outros produtos brasileiros, como café e carne, já tiveram as sobretaxas reduzidas ou eliminadas nos últimos meses.

O setor brasileiro acompanha a evolução do mercado com expectativa de consolidação, mesmo com as barreiras tarifárias existentes. O aumento da produção e a diversificação dos mercados internacionais indicam a geração de uma nova dinâmica para a exportação de ovos no país.

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Fonte: g1.globo.com

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Fonte: g1.globo.com

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