O dólar abriu a sexta-feira (5) com o mercado atento

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O dólar abriu a sexta-feira (5) com o mercado atento à divulgação dos dados de inflação nos Estados Unidos, que podem influenciar decisões do Federal Reserve sobre a política monetária. No Brasil, o Ibovespa começa o dia com expectativas baseadas em dados recentes da economia doméstica e no cenário político local.

Nos EUA, será divulgado o índice de preços de gastos com consumo (PCE) de setembro, indicador central para o Federal Reserve avaliar a inflação. Apesar do atraso causado pelo shutdown, o dado deve orientar as apostas sobre cortes na taxa de juros na próxima semana. Também está prevista a divulgação do índice de confiança do consumidor pela Universidade de Michigan, outro termômetro importante para os mercados.

No Brasil, o Ibovespa encerrou a sessão anterior em alta, superando os 164 mil pontos, impulsionado pela perspectiva de redução da taxa Selic no início de 2026. A expectativa acompanha sinais de flexibilização da política monetária nos EUA. O Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, divulgado ontem, apontou avanço modesto de 0,1%, refletindo desaceleração do setor de serviços e do consumo das famílias.

Segundo o IBGE, o desempenho econômico sofreu influência da Selic elevada, atualmente em 15% ao ano, que encarece o crédito e limita gastos das famílias. A indústria e a agropecuária mostraram crescimento, de 0,8% e 0,4% respectivamente, enquanto o setor de serviços e o consumo das famílias cresceram apenas 0,1%. O crescimento nos gastos do governo, de 1,3%, e a alta nos investimentos, de 0,9%, ajudaram a sustentar a demanda interna.

No comércio exterior, as exportações subiram 3,3%, puxadas por soja, carne e minério, enquanto as importações tiveram leve alta de 0,3%. O valor total da economia brasileira no período foi de R$ 3,2 trilhões.

No âmbito político, o Congresso aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026, mantendo o pagamento das emendas parlamentares e determinando que eventuais contingenciamentos sigam o limite inferior da meta fiscal. O projeto seguirá para sanção presidencial. A aprovação ocorre em meio a tensão entre os Poderes, após decisão do ministro Gilmar Mendes de restringir o pedido de impeachment de ministros do STF apenas à Procuradoria-Geral da República. A medida suscitou reações no Legislativo e levou a manifestações da Advocacia-Geral da União (AGU), que solicitou a suspensão da decisão até julgamento definitivo pelo plenário do STF.

Nos mercados internacionais, as bolsas americanas fecharam com desempenho misto na quinta-feira. O Dow Jones recuou 0,07%, enquanto o S&P 500 avançou 0,11% e o Nasdaq subiu 0,22%. Investidores monitoram dados do mercado de trabalho e rumores sobre possível mudança na presidência do Federal Reserve, o que poderia indicar política monetária mais flexível.

Na Europa, os mercados fecharam em alta, impulsionados pelo setor automobilístico e pela expectativa de negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. O STOXX 600 subiu 0,51%, DAX avançou 0,85%, CAC 40 ganhou 0,52% e FTSE 100 teve alta de 0,30%.

Já nas bolsas asiáticas houve variação entre altas e quedas. Os índices chineses caíram pelo terceiro dia consecutivo, refletindo preocupações com a desaceleração econômica e risco de deflação. Em contrapartida, mercados de Hong Kong e Japão tiveram ganhos, com destaque para Tóquio, que registrou alta de 2,33%.

No acumulado da semana, o dólar apresenta queda de 0,46%, enquanto o Ibovespa registra alta de 3,39%. No ano, o câmbio acumula desvalorização de 14,07% e o principal índice da bolsa brasileira avança 36,73%.

O cenário atual indica que os próximos números da inflação americana e os dados econômicos brasileiros continuam a influenciar a trajetória do dólar e do Ibovespa, com impactos diretos nas decisões de investidores no mercado financeiro.

Palavras-chave: dólar, inflação EUA, Federal Reserve, Ibovespa, PIB Brasil, taxa Selic, política monetária, LDO 2026, bolsas internacionais, mercado financeiro.

Fonte: g1.globo.com

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Fonte: g1.globo.com

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