Economia

O governo do Pará adiou para 2030 o prazo para

O governo do Pará adiou para 2030 o prazo para
  • Publisheddezembro 5, 2025

O governo do Pará adiou para 2030 o prazo para que produtores rurais implantem chips e brincos de rastreamento em bois e búfalos no estado. A medida substitui o limite anterior, que era 31 de dezembro de 2024, e tem o objetivo de garantir a identificação dos animais desde o nascimento até o abate.

O sistema de rastreamento exige que todos os bovinos movimentados dentro do Pará, para atividades como abate, criação, recria, engorda, leilões ou exportação, recebam um dispositivo com numeração individual semelhante a um CPF. Essa identificação permite verificar se os animais estiveram em fazendas com irregularidades ambientais ou condições de trabalho ilegal.

O decreto com a extensão do prazo foi assinado pelo governador Helder Barbalho (MDB) durante o Encontro Ruralista promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa). A ampliação do prazo, segundo o governo, visa atender o setor produtivo, que enfrentava dificuldades para cumprir a determinação dentro do cronograma original.

A iniciativa surgiu em setembro de 2024, quando o Pará se tornou o primeiro estado do país a implantar uma política pública de rastreamento de gado na Amazônia. Naquela ocasião, o primeiro bovino a receber o chip foi batizado de “Pioneiro” em Xinguara, durante cerimônia com a participação do governador.

O programa foi lançado um ano após o governo estadual anunciar a política, com o foco em garantir uma carne originada de áreas livres de desmatamento. A região Amazônica concentra o maior rebanho bovino do Brasil, que é o maior exportador mundial de carne bovina. A medida busca responder a pressões nacionais e internacionais para comprovar a origem ambientalmente correta do produto.

A decisão de adiar o prazo ocorreu menos de um mês após a realização da COP 30, em Belém, evento que discutiu ações para enfrentar a crise climática. O tema do rastreamento do gado na Amazônia, dentro dessa agenda, reforça o compromisso do Pará em promover práticas sustentáveis na pecuária.

O sistema de rastreamento envolve a aplicação de chips e brincos nas orelhas dos animais, com uma numeração única. Isso possibilita o acompanhamento do percurso individual do boi ou búfalo, desde o nascimento até a comercialização, facilitando o combate a práticas ilegais como desmatamento e trabalho escravo.

Antes da implantação oficial do programa estadual, pecuaristas locais já haviam adotado projetos-piloto para a identificação eletrônica dos animais. Em 2022, o g1 visitou a fazenda de Roberto Paulinelli, em Rio Maria, onde foi utilizado o sistema de chips para monitorar o gado.

Com o adiamento, o governo do Pará pretende dar mais tempo para que os produtores se adaptem à nova exigência e cumpram as normas estabelecidas. O objetivo final é promover uma pecuária que esteja integrada a políticas ambientais e sociais, que garantam a sustentabilidade da região.

Palavras-chave para SEO: rastreamento de gado, chip em bois, pecuária no Pará, carne sustentável, desmatamento, legislação ambiental, tecnologia na agropecuária, identificação animal, Amazônia, controle de origem da carne.

Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

Leave a Reply