O dólar recuava nesta segunda-feira (24), cotado a R$ 5,3958 às 11h50, enquanto o Ibovespa avançava 0,54%, chegando a 155.612 pontos. A movimentação ocorre em meio à divulgação do boletim Focus e à atenção do mercado aos dados fiscais e à política monetária.
O boletim Focus, divulgado pelo Banco Central antes da abertura do mercado, mostrou queda nas projeções de inflação para 2025, mantendo-se abaixo do teto de 4,5% do sistema de metas. A estimativa para este ano passou de 4,46% para 4,45%.
Além disso, o mercado acompanha a divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas do governo, com redução do bloqueio de gastos para R$ 4,4 bilhões e reabertura de contingenciamento de R$ 3,3 bilhões. Também estão previstos dados da arrecadação federal de outubro e a participação do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento da Febraban.
No cenário externo, a semana será encurtada pelo feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, com fechamento dos mercados americanos na quinta-feira e menor liquidez na sexta-feira. Mesmo com discussões internas no Federal Reserve (Fed), o mercado aposta em possível corte de juros em dezembro.
A arrecadação federal somou R$ 261,9 bilhões em outubro, um aumento real de 0,92% em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados pela Receita Federal. Esse é o maior valor registrado para o mês desde o início da série histórica, em 1995.
O crescimento foi influenciado pelo aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), implementado pelo governo em maio, e pela taxação sobre apostas online e loterias, que adicionou cerca de R$ 1 bilhão à arrecadação do mês. Também houve alta no Imposto de Renda sobre aplicações financeiras, favorecida pelos juros elevados e pela Medida Provisória que elevou tributos antes de ser derrubada pela Câmara.
No relatório da Receita, o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre capital arrecadou R$ 11,57 bilhões, com crescimento real de 28,01%. O aumento refletiu maior aplicação em renda fixa por pessoas físicas e jurídicas (+42,10%), fundos de renda fixa (+41,36%) e juros sobre capital próprio (+32,93%).
O boletim Focus também mostrou estabilidade na previsão do Produto Interno Bruto (PIB): 2,16% para 2025 e 1,78% para 2026. A taxa Selic permanece em 15% ao ano para 2025, com ligeira queda nas estimativas para 2026, de 12,25% para 12%, e estabilidade em 10,50% para 2027.
No exterior, os mercados americanos operam sem direção clara diante da expectativa por decisões do Fed e da influência das discussões sobre inteligência artificial. Antes da abertura, os contratos futuros em Wall Street indicavam variações discretas: Dow Jones -0,02%, S&P 500 +0,26% e Nasdaq +0,47%.
Nas bolsas europeias, não há tendência definida, embora o otimismo com a possibilidade de corte de juros nos Estados Unidos influencie o mercado. Os investidores acompanham ainda a expectativa para o anúncio do Orçamento de Outono no Reino Unido, que pode incluir aumento de impostos, e as negociações entre Washington e Kiev sobre um plano de paz para a Ucrânia.
Pela manhã, os principais índices europeus registravam variações próximas à estabilidade: STOXX 600 +0,06%, DAX (Alemanha) +0,43%, FTSE 100 (Reino Unido) +0,09%, e CAC 40 (França) com queda de 0,12%. Nos mercados asiáticos, fechados pelo feriado no Japão, os índices subiram: Shanghai (China) +0,05%, Hang Seng (Hong Kong) +1,97% e Nifty 50 (Índia) +0,04%.
O desempenho do dólar e das bolsas reflete a combinação de fatores internos, como projeções fiscais e monetárias, e as influências externas relacionadas a política monetária global e eventos geopolíticos. O mercado segue atento às próximas divulgações e manifestações do Banco Central para definir a tendência daqui para frente.
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Fonte: g1.globo.com
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