A prova discursiva da segunda edição do Concurso

A prova discursiva da segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) foi aplicada neste domingo (7) em todo o país, com formatos diferentes para cargos de níveis superior e intermediário, e peso eliminatório e classificatório para os candidatos que buscam uma vaga no serviço público.

Para os cargos de nível superior, a prova contou com duas questões discursivas, cada uma com até 30 linhas, totalizando 45 pontos. A avaliação considerou dois critérios iguais: domínio dos conhecimentos específicos, relacionados ao conteúdo do bloco temático de inscrição, e uso da língua portuguesa, que inclui correção gramatical, estrutura do texto e organização das ideias.

Já para os cargos de nível intermediário, a prova consistiu em uma redação dissertativo-argumentativa de até 30 linhas, valendo 30 pontos. A nota foi atribuída exclusivamente ao uso da língua portuguesa, com foco na capacidade do candidato de estruturar o texto com introdução, desenvolvimento e conclusão, além de manter coerência, coesão e respeito à norma culta.

O edital destacou que, em ambas as provas, os temas são baseados nos conteúdos previstos nos anexos do bloco temático correspondente ao cargo inscrito. O candidato deve consultar esse material para se preparar adequadamente, pois somente esses assuntos serão cobrados na etapa discursiva.

Além da correção técnica e conceitual, a banca organizadora, a Fundação Getúlio Vargas, aplicou regras rigorosas sobre a forma da prova. A escrita deve ser feita com caneta esferográfica azul ou preta, de corpo transparente, na folha definitiva. Qualquer marca, assinatura ou elemento que permita identificar o autor leva à desclassificação. Respostas ilegíveis, fora do espaço delimitado ou transcritas apenas no rascunho recebem nota zero.

Os portões foram fechados às 12h30, horário de Brasília, e a prova iniciou às 13h. Para o nível superior, a duração foi de três horas, terminando às 16h, e os candidatos puderam sair do local a partir das 15h. Para o nível intermediário, a aplicação durou duas horas, com término às 15h e saída permitida a partir das 14h. Em ambos os casos, os candidatos precisaram permanecer ao menos uma hora na sala e assinar a ata no final.

A fase discursiva segue a primeira etapa realizada em 5 de outubro, que teve provas objetivas com 36 versões distintas para evitar fraudes. Essa etapa contou com 90 questões para o nível superior e 68 para o intermediário, divididas entre conhecimentos gerais e específicos conforme o bloco temático. A participação foi de quase 60% dos inscritos, com mais de 760 mil candidatos no total.

O CNU 2025 é organizado em nove blocos temáticos como Seguridade Social, Administração, e Ciências, Dados e Tecnologia. A inscrição única permite concorrer a todas as vagas do bloco escolhido, que oferecem salários de R$ 4 mil a R$ 16 mil, em Brasília e em vários estados do país.

Para os candidatos, especialistas recomendam mais do que a simples memorização dos conteúdos. É necessário transformar o conhecimento em textos claros, seguindo a estrutura indicada no edital. A orientação é organizar as redações com introdução, dois parágrafos de desenvolvimento e conclusão, uso correto de conectivos e fundamentação nos conceitos previstos nos anexos temáticos.

O controle do tempo, o equilíbrio entre conteúdo técnico e linguagem, e a revisão cuidadosa do texto para corrigir erros gramaticais e garantir coerência também são apontados como estratégias importantes para evitar zerar a prova.

A divulgação do cartão de confirmação com locais de prova está prevista para 1º de dezembro. As próximas etapas do CNU incluem a divulgação da nota preliminar e do espelho de correção em 6 de janeiro de 2026, prazo para recursos nos dias seguintes e o anúncio final dos resultados em 30 de janeiro de 2026.

Palavras-chave: Concurso Nacional Unificado, CNU 2025, prova discursiva, Fundação Getúlio Vargas, concurso público, prova para nível superior, prova para nível intermediário, redação dissertativa, critérios de avaliação, edital CNU, cargos públicos, preparação para concursos.

Fonte: g1.globo.com