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Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (20) a retirada da tarifa de 40% sobre alguns produtos brasileiros, como carne bovina e café, em uma medida publicada pela Casa Branca que sinaliza mudanças na política comercial entre os países. A iniciativa ocorre uma semana após o governo americano suspender a taxa de 10% sobre 200 mercadorias, aplicadas a diversos países, e visa ajustar o impacto das tarifas no comércio bilateral.
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva comentou a decisão afirmando que “ninguém respeita quem não se respeita”, em referência às negociações comerciais e à postura do Brasil diante das tarifas americanas. Apesar da retirada da taxa para certos produtos do agronegócio, as alíquotas de 40% permanecem para os bens industriais brasileiros, o que mantém uma barreira para a indústria nacional que exporta para os EUA.
Entre os produtos que ainda sofrem a tarifa de 40% estão máquinas, motores, calçados, café solúvel e pescados. Esses setores continuam prejudicados pela imposição americana, que visa proteger a indústria doméstica dos Estados Unidos e exercer pressão em negociações comerciais.
No entanto, os produtos que tiveram suas tarifas retiradas incluem todas as categorias de carne bovina, café em suas versões verde, torrado e derivadas, além de frutas frescas, congeladas e processadas, como laranja, abacaxi, banana, manga e açaí. Também saíram do tarifaço cacau e seus derivados, especiarias como pimenta, gengibre e canela, raízes e tubérculos como a mandioca em todas as formas, sucos e polpas de frutas, além de fertilizantes como ureia e nitratos.
A suspensão das taxas sobre esses produtos representa uma redução significativa para o agronegócio brasileiro, setor que é um dos principais exportadores para o mercado americano. Apesar disso, a manutenção das tarifas sobre produtos manufaturados sinaliza que as disputas comerciais entre Brasil e Estados Unidos ainda demandam negociações para serem resolvidas completamente.
O impacto dessa mudança poderá refletir em maior competitividade dos produtos brasileiros nos Estados Unidos, especialmente no setor agrícola. Já a indústria nacional pode continuar enfrentando dificuldades para ampliar sua presença no mercado americano devido às barreiras tarifárias vigentes.
A evolução da relação comercial entre Brasil e EUA permanece no foco das autoridades dos dois países. Medidas como essa podem abrir caminhos para novos acordos e parcerias comerciais que beneficiem o fluxo de mercadorias e a economia de ambos.
Em resumo, o governo americano retirou a tarifa elevada para parte do agronegócio brasileiro, mas manteve a sobretaxa de 40% para bens industriais. O ajuste mostra uma flexibilização parcial nas políticas comerciais dos EUA, mas indica que o debate sobre tarifas e reciprocidade ainda não está concluído.
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Fonte: g1.globo.com
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