Elza Soares (1930-2022), cantora carioca, aliou o balanço

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Elza Soares (1930-2022), cantora carioca, aliou o balanço da bossa negra à consciência racial em sua trajetória artística e militante, marcando o dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, como data para relembrar sua contribuição à música e à luta contra o racismo. Sua voz percorreu diversos estilos musicais e sua carreira refletiu o engajamento social, especialmente a partir dos anos 1970, com álbuns que expressaram causas raciais e sociais.

Nascida em 23 de junho de 1930, Elza Soares cresceu no Rio de Janeiro e enfrentou dificuldades desde a infância, incluindo o preconceito racial e social. A cantora destacou-se inicialmente na década de 1950 como crooner na noite carioca, consolidando sua carreira nacional nos anos 1960 com um estilo marcado pelo samba e sambalanço. Sua voz rouca ganhou espaço e reconhecimento pela habilidade de transitar entre diferentes gêneros musicais, como jazz e samba.

A partir da década de 1970, Elza Soares integrou a consciência negra ao seu trabalho musical, tornando essa temática um elemento central de suas produções. O lançamento do álbum “Elza pede passagem” em 1972 simbolizou publicamente essa mudança, com o estilo musical que combinava samba, soul e funk e a imagem da cantora com cabelo black power na capa, sinalizando orgulho racial e política identitária.

Sua discografia inclui álbuns-manifestos recentes, como “Deus é mulher” (2018), “Planeta fome” (2019), e o póstumo “No tempo da intolerância” (2023), que reforçam seu compromisso com as lutas sociais e a denúncia das desigualdades. A artista utilizou a música como meio para denunciar racismo e a violência contra mulheres, posicionando-se ativamente diante desses temas.

Elza Soares encerrou sua carreira aos 92 anos, após décadas de atuação e sucesso. O relançamento e repercussão do álbum “A mulher do fim do mundo” (2015) marcou um momento significativo, firmando-se como um dos discos mais importantes da história da música brasileira contemporânea. Sua postura aliava talento vocal e discursos favoráveis aos direitos das minorias, incluindo o apoio à comunidade LGBTQIA+.

Reconhecida como uma voz ativa e símbolo da resistência negra, Elza Soares foi eleita “cantora do milênio” pela BBC de Londres em 1999. Sua trajetória artística uniu suingue, política e resiliência, consolidando seu impacto cultural. A memória de sua voz e militância permanece viva, especialmente em comemorações como o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro.

Elza Soares é lembrada como uma artista que utilizou sua carreira para dar voz aos marginalizados e enfrentar estruturas opressivas, mantendo uma postura firme contra o racismo e outras formas de discriminação até o fim de sua vida.

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Fonte: g1.globo.com

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Fonte: g1.globo.com

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