A cantora Claudette Soares completa 90 anos nesta quinta-feira (31) e celebra a data com um show na casa de espetáculos Bona, em São Paulo, cidade onde reside. A artista mantém-se ativa na carreira após sete décadas de atuação, lançando discos e se apresentando em shows.
Nascida em 1935, no Rio de Janeiro, Claudette começou a cantar ainda criança, aos 10 anos, em programa de calouros na Rádio Nacional. Na década de 1950, foi coroada Princesinha do baião por Luiz Gonzaga, influente músico do gênero nordestino. Em 1954, gravou seus primeiros discos, explorando ritmos como o baião, ainda pouco comuns para artistas cariocas.
Ao longo dos anos 1960, migrou para a bossa nova, tornando-se uma das vozes reconhecidas do movimento, ao lado de nomes consagrados do gênero musical. Apesar disso, sua obra ultrapassa a bossa nova, abrangendo também a Tropicália, o sambalanço, o samba-rock e outros estilos. A diversidade da carreira raramente é ressaltada no Brasil, embora suas gravações dos anos 1960 e início dos 1970 tenham sido compiladas em caixa lançada no Japão.
Além de Luiz Gonzaga, Roberto Carlos também reconheceu seu talento, presenteando Claudette com a música “De tanto amor”, em 1971, que se tornou um sucesso. A influência da cantora se espalha por vários segmentos da música popular brasileira.
Com 1,49 metro de altura, Claudette Soares celebra sua longevidade e mantém a voz com afinação e controle rítmico destacados. Apesar do relativo esquecimento nas décadas de 1980 e 1990, quando lançou apenas um álbum, retomou a atividade regular a partir dos anos 2000, ao trabalhar com o produtor Thiago Marques Luiz.
Desde então, tem lançado discos temáticos dedicados a diferentes gêneros e compositores, como samba-canção, sambalanço, Chico Buarque e Silvio César. A produção recente contribuiu para que a cantora continue presente no cenário musical brasileiro, tanto em discos quanto em shows.
Nesta data comemorativa, Claudette segue preparando novo álbum com composições inéditas assinadas por artistas veteranos como Marcos Valle e Roberto Menescal, além de jovens músicos como Tim Bernardes e Joaquim. A artista permanece em atividade, reafirmando sua contribuição e relevância no âmbito da música popular do país.
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Fonte: g1.globo.com
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