A Polícia Federal prendeu na segunda-feira (17) Daniel

A Polícia Federal prendeu na segunda-feira (17) Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, enquanto ele tentava deixar o país em um avião particular com destino a Malta. A prisão ocorreu durante a Operação Compliance Zero, que investiga a venda de títulos de crédito falsos.

Vorcaro foi detido antes da operação prevista para terça-feira (18), após tentar fugir do Brasil para evitar a ação policial. Segundo investigadores, ele deixou o banco na tarde de segunda-feira, pegou um helicóptero até o aeroporto e embarcou diretamente na aviação executiva.

Após a prisão, Vorcaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. A defesa dele não foi localizada para comentar o caso. A operação cumpriu ao todo sete mandados de prisão e 25 de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal.

As investigações, que começaram em 2024 por solicitação do Ministério Público Federal, apuram a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras vinculadas ao Sistema Financeiro Nacional. Os títulos teriam sido fabricados e vendidos a outro banco, substituídos posteriormente por ativos sem avaliação técnica adequada, conforme fiscalização do Banco Central.

Além dos crimes relacionados à emissão dos títulos, estão sendo investigados gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa. A PF considera que a prisão de Vorcaro foi fundamental para impedir a fuga diante da proximidade das ações previstas.

No dia anterior à prisão, foi divulgada a notícia de que um consórcio liderado pelo grupo Fictor Holding Financeira havia firmado acordo para adquirir o Banco Master. O negócio envolveria também investidores dos Emirados Árabes Unidos e previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar o caixa da instituição financeira, que enfrenta dificuldades.

A compra ainda dependia da aprovação do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Na manhã de terça-feira (18), o Banco Central publicou um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Banco Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e ex-administradores da instituição.

Com a liquidação extrajudicial, quaisquer negociações em andamento para aquisição do banco foram automaticamente suspensas. O fato impacta diretamente o consórcio que havia anunciado a compra do banco pouco antes da prisão de Vorcaro.

A decisão do Banco Central representa uma medida de intervenção diante das irregularidades identificadas. A liquidação extrajudicial visa proteger o sistema financeiro e os clientes da instituição, preservando a estabilidade do setor.

O caso segue em investigação, e a Polícia Federal pretende aprofundar o exame sobre as práticas suspeitas de gestão e a emissão de títulos falsificados. Os desdobramentos poderão revelar o envolvimento de outras pessoas ou instituições no esquema.

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Fonte: g1.globo.com


Fonte: g1.globo.com

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