O PIX, sistema de pagamentos instantâneos do Banco

O PIX, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central do Brasil (BC), completa cinco anos neste domingo (16). Desde o lançamento, a ferramenta ampliou o acesso ao sistema financeiro, movimentando R$ 85,5 trilhões até setembro de 2025 e registrando mais de 170 milhões de usuários no país.
O sistema hoje reúne cerca de 890 milhões de chaves cadastradas e tornou-se parte da rotina financeira de brasileiros em todo o território nacional. Sua principal função, transferências instantâneas, foi expandida para incluir pagamentos automáticos, agendamento de transferências futuras e pagamentos por aproximação. Somente em 2024, o PIX movimentou mais de R$ 26 trilhões, superando quase dois PIBs e meio do Brasil.
Segundo o BC, o uso do PIX cresceu principalmente entre adultos de 20 a 49 anos, com maior volume no Sudeste e Nordeste. O número de saques em dinheiro caiu 35% desde 2020, refletindo a preferência por transferências digitais. Para o comércio, adotar o PIX representa custos médios menores do que transações com cartões.
O sistema também ampliou as formas de pagamento, com inovações como PIX Cobrança, que permite emissões e recebimentos simplificados para empresas; PIX Saque e Troco, que transformam lojas em pontos para retirada de dinheiro; e PIX Agendado, facilitando pagamentos periódicos. Outra evolução foi o PIX por Aproximação, disponível inicialmente para Android, aproximando o modelo à tecnologia do cartão contactless.
O Banco Central enfrenta desafios ligados à segurança. Em 2024, as perdas por fraudes no PIX chegaram a R$ 6,5 bilhões, aumento de 80% em relação ao ano anterior. Em resposta, o BC implementou medidas como a coincidência cadastral, que obriga a conferência dos dados das chaves com a Receita Federal, além de endurecer penalidades para instituições que não seguem protocolos de segurança.
O mecanismo especial de devolução (MED) foi usado em mais de 1,13 milhão de casos em 2024, com quase R$ 400 milhões recuperados. Entretanto, recuperações são limitadas porque fraudadores dispersam rapidamente os valores em múltiplas contas. Para melhorar esse cenário, o BC prepara o MED 2.0, que permitirá rastrear o caminho dos recursos em várias transações, facilitando bloqueios e devoluções.
Entre as próximas funcionalidades estão o bloqueio de chaves, que impedirá a criação de novas chaves associadas a um CPF, reduzindo fraudes, e a padronização de critérios para identificar transações suspeitas. O BC também planeja regulamentar o PIX Parcelado, que permitirá parcelar pagamentos, com o comerciante recebendo o valor integral imediatamente.
Outra inovação em estudo é o PIX Duplicata, voltado para pagamentos eletrônicos entre empresas, com expectativa de reduzir a dependência do boleto e simplificar processos. A internacionalização do PIX está na pauta, buscando permitir que o modelo brasileiro seja usado em transações fora do país, ainda que hoje algumas instituições já ofereçam soluções próprias para pagamentos internacionais via PIX.
Desde seu lançamento, o PIX promoveu inclusão financeira e alterou comportamentos de pagamento no Brasil. Sua expansão e os investimentos em segurança mostram o compromisso do Banco Central em consolidar o sistema como uma ferramenta central para o mercado financeiro digital. Os próximos passos indicam um avanço em funcionalidades e proteção, visando atender melhor a um público diversificado e em constante crescimento.
—
**Palavras-chave relacionadas para SEO:** PIX, Banco Central, pagamentos instantâneos, transferência bancária, fraudes PIX, segurança financeira, inclusão financeira, PIX Parcelado, MED 2.0, PIX internacional, sistema de pagamentos, tecnologia financeira, PIX Cobrança, PIX Agendado, PIX Saque, PIX por Aproximação.
Fonte: g1.globo.com
Fonte: g1.globo.com