O Espírito Santo iniciou a colheita de novas

O Espírito Santo iniciou a colheita de novas variedades de alho livres de doenças e com dentes maiores, resultado de um projeto que começou em 2021 com o apoio do Incaper e da Embrapa. A iniciativa visa aumentar a produtividade e agregar valor à produção local, beneficiando agricultores de várias regiões do estado.

As sementes usadas no cultivo passaram por um processo de limpeza em laboratório para eliminar vírus e doenças, realizado pela Embrapa em Brasília. O procedimento inclui termoterapia, cultura de tecido e multiplicação em casas de vegetação antes de chegar ao campo, garantindo alhos mais saudáveis e com maior tamanho.

O agricultor Rosemiro Schmidt, de Rio Claro, em Santa Maria de Jetibá, adotou as novas sementes em sua propriedade. Ele destacou que as cabeças de alho apresentaram menos dentes, porém maiores, o que difere do alho tradicional da região, que tem muitos dentes menores.

Além de Santa Maria de Jetibá, produtores de Domingos Martins participaram do projeto desde o início. Atualmente, o cultivo está sendo testado em municípios como Muqui, Linhares e Colatina para avaliar o desempenho das variedades em climas mais quentes e úmidos.

A pesquisadora do Incaper, Andrea Costa, explicou que não houve alteração genética no alho, sendo o resultado obtido apenas pela seleção e limpeza do material. Ela ressaltou o aumento da produtividade por hectare e o maior tamanho das cabeças e dentes.

O engenheiro agrônomo Protaze Magevski afirmou que o alho livre de vírus agrega valor à produção capixaba, reduzindo a concorrência interna e tornando o produto mais competitivo frente às importações. Essa característica pode ampliar o mercado para os agricultores locais.

Após a colheita, o alho passa por um processo de secagem de até um mês antes de ser comercializado em feiras e supermercados. Embora ainda em fase de avaliação, os primeiros resultados do projeto mostram potencial para transformar o cultivo do alho no Espírito Santo.

Andrea Costa alertou que, com o uso contínuo, o alho pode ser novamente infectado, mas o Incaper mantém um programa para garantir o acesso constante dos agricultores a sementes livres de vírus, assegurando a qualidade da produção ao longo do tempo.

*Com informações de Alberto Borém.

Fonte: g1.globo.com


Fonte: g1.globo.com

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