O dólar iniciou a sessão desta quinta-feira (13) em queda, refletindo a atenção dos investidores no fim do shutdown do governo dos Estados Unidos e nas negociações comerciais entre Brasil e EUA. Por volta das 9h05, a moeda americana era cotada a R$ 5,2850, uma queda de 0,13%.
O encerramento da paralisação do governo americano, que durou 43 dias, trouxe alívio aos mercados e abriu espaço para a divulgação de indicadores econômicos atrasados, considerados essenciais para as decisões do Federal Reserve. Na mesma data, o presidente Donald Trump sancionou o projeto que retoma os recursos para o funcionamento das agências federais.
No âmbito diplomático, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se encontrou em Washington com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, para tratar das tarifas aplicadas pelo governo Trump a produtos brasileiros, como café e carne, que atingem cerca de 60% das exportações desde agosto.
Internamente, investidores aguardam a divulgação dos dados do comércio varejista referentes a setembro. Caso os números fiquem abaixo das expectativas, aumenta a possibilidade de que o Banco Central antecipe o corte da taxa de juros. Na quarta-feira (12), o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, descartou uma proximidade maior da redução dos juros.
Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta indicou manutenção da liderança de Lula nas intenções de voto para o segundo turno das eleições de 2026, com 42%, apenas três pontos percentuais à frente de Jair Bolsonaro, que tem 39%. A vantagem de Lula sobre outros adversários também diminuiu em relação a outubro.
No setor de serviços, dados divulgados pelo IBGE mostram crescimento acima do esperado em setembro, com alta de 0,6% em relação a agosto e 4,1% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. O transporte rodoviário de cargas foi o principal responsável pelo crescimento, seguido pelos serviços de informação e comunicação. Alguns segmentos, como os serviços profissionais e administrativos e os prestados às famílias, registraram queda.
A paralisação do governo americano provocou impactos em vários setores, incluindo o cancelamento de mais de mil voos somente na terça-feira (11). Programas federais de assistência enfrentam instabilidades, com alguns estados orientados a suspender pagamentos.
Nas bolsas internacionais, os mercados fecharam sem uma direção definida, com o S&P 500 avançando 0,06%, o Dow Jones subindo 0,68% e o Nasdaq recuando 0,26%. A Europa registrou altas generalizadas, com os principais índices crescendo em resposta à expectativa de fim do shutdown. Na Ásia, os resultados foram mistos, com Hong Kong em alta e a China continental em queda após sinalizações do banco central sobre a política monetária.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abriu às 10h e também opera em alta, acompanhando o clima positivo do mercado externo e os indicadores econômicos domésticos.
Na semana, o dólar acumula queda de 0,82%, enquanto o Ibovespa registra alta de 2,32%. No mês, o dólar recua 1,63%, e o Ibovespa avança 5,41%. No acumulado do ano, a moeda americana cai 14,36%, enquanto a bolsa brasileira sobe 31,05%.
Os mercados permanecem atentos às negociações políticas e econômicas nos Estados Unidos, além do andamento das negociações comerciais entre Brasil e EUA, que podem influenciar a trajetória do dólar e do Ibovespa nas próximas sessões.
—
Palavras-chave para SEO: dólar, bolsa brasileira, Ibovespa, shutdown Estados Unidos, negociações Brasil-EUA, Banco Central, taxa de juros, comércio varejista, política monetária, mercado financeiro, indicadores econômicos, eleições 2026, dólar em queda.
Fonte: g1.globo.com
Fonte: g1.globo.com

