O Guns N’ Roses se apresentou neste sábado (25) no Allianz Parque, em São Paulo, em sua décima visita ao Brasil, atraindo um público nostálgico mesmo diante da mudança vocal do vocalista Axl Rose. A banda americana manteve a devoção dos fãs apesar de não lançar álbum desde 2008 e das limitações na performance vocal de seu líder, agora com 63 anos.
Durante o show, Axl Rose apresentou uma voz mais grave e com menor alcance do que nos tempos áureos, gerando comparações com o cantor Zezé Di Camargo pela dificuldade em repetir os agudos e notas altas. No entanto, faixas como “Sweet Child o’ Mine”, “Paradise City” e “É o Amor” mantiveram a energia do público ao longo da noite. O vocalista demonstrou comprometimento ao assumir toda a responsabilidade vocal, sem apoio excessivo de backing vocals.
Alguns momentos, como “Yesterdays”, “Welcome to the Jungle” e o tradicional dueto do público em “Knockin on Heaven’s Door”, foram bem recebidos. Em contrapartida, houve queda na presença da voz em “You Could Be Mine” e “Civil War”. A idade e os excessos do passado influenciam a qualidade vocal atual de Axl, mas seus fãs parecem aceitar essas mudanças em nome da nostalgia e da história da banda.
A apresentação teve cerca de três horas de duração, padrão esperado do grupo, que opta por não dividir os vocais entre outros integrantes além do baixista Duff McKagan em momentos pontuais. A nova formação conta com o baterista Isaac Carpenter, que substituiu Frank Ferrer em março de 2025 após 19 anos na banda. Carpenter traz experiência de trabalhos anteriores com Adam Lambert e no projeto de Duff.
O repertório apresentou novidades da banda, como “Perhaps” e “The General”, lançadas em 2023, e “Hard Skool”, de 2021, que não foram tão acolhidas pelo público. As covers de Velvet Revolver, antigo grupo de Duff McKagan e Slash, e do country roqueiro Jimmy Webb, também causaram uma reação mais morna na plateia. O show incluiu uma homenagem ao falecido Ozzy Osbourne, com as músicas “Sabbath Bloody Sabbath” e “Never Say Die”, ressaltando o respeito da banda às influências do metal e rock clássicos.
Desde o retorno dos guitarristas Slash e Duff McKagan em 2016, o Guns N’ Roses recuperou parte significativa de sua sonoridade original e realizou apresentações marcantes no Brasil. Contudo, o show deste sábado em São Paulo não repetiu os momentos de maior brilho dessas turnês recentes. Apesar disso, a banda continua atraindo multidões, sustentada por um público fiel que valoriza a história e o repertório clássico, mesmo frente às limitações atuais.
Roberto Medina, fundador do Rock in Rio, resumiu a relação entre o público e a banda ao destacar que a força do Guns vai além da música. Segundo ele, mesmo que críticas à voz de Axl Rose continuem, a banda lotaria novamente os estádios, pois tornou-se uma entidade na cultura do rock. Essa percepção está refletida na recepção do público no Allianz Parque, que mais uma vez se reuniu para celebrar os sucessos do Guns N’ Roses e a experiência compartilhada ao longo dos anos.
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Fonte: g1.globo.com
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