O dólar abriu em alta nesta quinta-feira (23), com o

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O dólar abriu em alta nesta quinta-feira (23), com o mercado financeiro reagindo a tensões globais e à expectativa pela viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Ásia, além das negociações comerciais entre Estados Unidos e China. A paralisação parcial do governo americano e a alta nos preços do petróleo também influenciam o cenário econômico.

Lula chegou ao Palácio Merdeka, em Jacarta, Indonésia, para reunião com o presidente indonésio, dando início à agenda internacional que inclui encontro previsto com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, neste domingo (26), na Malásia. O diálogo deve abordar tarifas comerciais e sanções aplicadas por Washington contra autoridades brasileiras com base na Lei Magnitsky.

Nos Estados Unidos, o shutdown do governo chega ao 22º dia, marcando a segunda paralisação mais longa da história do país. A discordância entre democratas e republicanos persiste, com o fim do impasse condicionado à renovação dos subsídios do Affordable Care Act (ACA), que expiram em breve. Enquanto isso, servidores federais enfrentam incertezas quanto ao salário, e a Casa Branca alerta para riscos em programas essenciais caso o bloqueio continue.

O mercado asiático fechou majoritariamente em queda, pressionado por tensões comerciais e desvalorização do ouro. Em Xangai e Hong Kong, os índices recuaram até 0,94%. Japão e Coreia do Sul registraram variações opostas, com leve baixa no Nikkei e alta no Kospi. Em contraste, bolsas europeias encerraram o dia com desempenho misto, afetadas por resultados corporativos inferiores ao esperado e novos ataques russos à Ucrânia.

Nos Estados Unidos, os principais índices acionários fecharam em queda, com investidores avaliando a nova série de balanços corporativos. O Dow Jones caiu 0,71%, o S&P 500 perdeu 0,52%, e o Nasdaq recuou 0,93%. Entre as empresas, relatórios fracos de nomes como L’Oréal e Hermès afetaram principalmente o setor de luxo.

A alta dos preços do petróleo, que subiram mais de 5% e ultrapassaram US$ 65 o barril após novas sanções de EUA e União Europeia contra a Rússia, influencia o desempenho das ações da Petrobras. Os recibos da estatal (ADRs) em Nova York apresentam valorização, acompanhando a escalada da commodity.

No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou o envio ao Congresso Nacional de dois projetos de lei para fechar o Orçamento de 2026. Um contempla medidas para ampliar a arrecadação, incluindo aumento da tributação sobre fintechs, apostas e juros sobre capital próprio. O outro foca em contenção de gastos, com alterações no seguro-defeso.

As propostas substituem a Medida Provisória 1303, conhecida como MP do IOF, que perdeu validade após resistências no Legislativo. O governo avalia que há maior apoio para as ações de corte de despesas, estimadas em R$ 15 bilhões, que podem ser inseridas em projetos já em tramitação. No entanto, a parte referente ao aumento de receita, estimada em R$ 20 bilhões, deve enfrentar mais dificuldades.

Em esfera diplomática, a conversa telefônica de cerca de 30 minutos entre Lula e Trump há duas semanas e reunião entre ministros das Relações Exteriores reforçam expectativa sobre o encontro na Cúpula da ASEAN. Autoridades brasileiras veem o momento como oportunidade para retomar negociações comerciais e estreitar o diálogo político bilateral.

O cenário econômico e político global permanece marcado por incertezas, com o mercado reagindo ao equilíbrio entre choques externos, tensões geopolíticas e decisões domésticas que impactam a confiança dos investidores. A evolução do shutdown nos EUA, os desdobramentos das conversas entre Brasil e Estados Unidos e o comportamento dos preços do petróleo devem influenciar os próximos dias nos mercados financeiros.

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Fonte: g1.globo.com

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Fonte: g1.globo.com

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