A China e os Estados Unidos anunciaram na quinta-feira (23) o início de uma nova rodada de negociações comerciais na Malásia, em meio à escalada da guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo. O encontro, previsto para ocorrer entre 24 e 27 de outubro, visa discutir questões econômicas e comerciais que afetam a relação bilateral.
De acordo com comunicado do Ministério do Comércio chinês, o vice-primeiro-ministro He Lifeng liderará a delegação chinesa nas negociações. A reunião será realizada em paralelo à cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que começa no domingo (26) na Malásia, e contará com a participação do presidente americano, Donald Trump.
Nos últimos meses, a tensão entre China e Estados Unidos aumentou após Pequim adotar medidas para controlar as exportações de terras raras e tecnologias relacionadas. Em resposta, Trump ameaçou impor tarifas adicionais de 100% sobre todas as importações chinesas e cancelou um encontro planejado com o presidente chinês Xi Jinping durante uma reunião na Coreia do Sul.
Apesar do aumento da pressão comercial, Trump declarou posteriormente a intenção de fechar um acordo “bom” com a China e encerrar a disputa tarifária. O Ministério do Comércio da China informou que as negociações na Malásia abordarão temas relevantes para a relação econômica e comercial entre os dois países.
A intensificação do conflito tarifário tem impactos globais, incluindo o aumento do interesse chinês pela soja brasileira, considerada uma alternativa às importações dos Estados Unidos. A guerra comercial entre as duas potências continua a gerar incertezas no comércio internacional e afetar cadeias produtivas em diferentes setores.
A nova rodada de negociações será acompanhada de perto por analistas e mercados, que esperam sinalizações sobre o futuro das políticas comerciais adotadas por Washington e Pequim. O desfecho desse encontro pode influenciar o rumo das relações econômicas entre as maiores economias do mundo e o panorama comercial global.
*Reportagem em atualização.
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Fonte: g1.globo.com
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