Daniela Mercury lançou em 2024 o álbum “Cirandaia”

Daniela Mercury lançou em 2024 o álbum “Cirandaia”, trabalho que reúne colaborações com artistas como Alcione, Chico César, Dona Onete, Geraldo Azevedo e Rachel Reis. O disco, com 12 faixas e produção musical assinada por Daniela e Juliano Valle, aborda temas afetivos e sociais atuais, reforçando o engajamento político da cantora baiana.
O álbum abre com “Axé Salvador”, uma homenagem à cidade que deu origem ao axé music, gênero que completou 40 anos em 2024. A faixa conta com a participação dos vocalistas dos blocos afro de Salvador, reforçando o caráter coletivo e festivo do gênero. Logo em seguida, “É terreiro” traz Alcione em referência à entidade feminina Maria Padilha, mesclando ritmos afro-brasileiros.
Dona Onete participa em “Cute love baby”, marcando a conexão entre Bahia e Pará no disco. A faixa-título “Cirandaia” carrega um tom político, incluindo pedidos de paz para países como África e Ucrânia, alinhando-se ao ativismo presente na obra. Zélia Duncan emerge como convidada em “Antes de você chegar”, canção que dialoga com o brega pernambucano numa interpretação que ressalta a influência nordestina.
Outras faixas destacam o legado da música baiana, como “Saudade do mar”, que homenageia Dorival Caymmi por meio de uma melodia que lembra as mornas de Cabo Verde. “Te digo baby”, composição de Lucas Santtana, apresenta uma balada introspectiva com acompanhamento de guitarra sutil. Chico César participa em “Deus tem mais ocupação”, lançada em 28 de julho de 2024, data do aniversário de 60 anos de Daniela.
O álbum também inclui “Bicho amor amansa”, xote interpretado por Daniela e Geraldo Azevedo, com letra do poeta baiano José Carlos Capinan. Outra parceria com Geraldo é “Amar é perigoso”, faixa que ainda não foi oficialmente lançada e traz a participação de Vânia Abreu. Entre as composições que reforçam temas sociais, “Quem vai segurar o céu?” destaca-se como um chamado à defesa da Amazônia, com presença de lideranças Yanomami e vozes indígenas.
“Primavera”, composição de José Miguel Wisnik, aparece como um momento de resistência e esperança diante do panorama político brasileiro atual. O encerramento do disco fica por conta de “Meu corpo treme”, parceria com Rachel Reis que transita pelo pagode baiano e exalta a música como forma de expressão.
Além das faixas principais, o repertório inclui canções inéditas de compositores pernambucanos, como Almério e Martins, que devem ser lançadas na edição deluxe do álbum. “Cirandaia” representa um avanço na discografia recente de Daniela Mercury, que recupera a relevância artística e política após trabalhos anteriores menos expressivos.
Com lançamento oficial em 2024, o álbum retrata a trajetória e o protagonismo de Daniela Mercury na música brasileira, especialmente no cenário do axé e da cultura nordestina. O trabalho reforça o compromisso da artista com a reflexão social e a valorização de tradições musicais do país, consolidando seu espaço na cena artística nacional após quatro décadas de carreira.
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Fonte: g1.globo.com
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Fonte: g1.globo.com