Economia

O preço da carcaça suína subiu 10,8% em fevereiro, chegando

O preço da carcaça suína subiu 10,8% em fevereiro, chegando
  • Publishedoutubro 18, 2025

O preço da carcaça suína subiu 10,8% em fevereiro, chegando a R$ 13,20 o quilo, o que indica uma retomada da competitividade da carne de porco em relação ao frango após o impacto da gripe aviária. A análise foi divulgada nesta sexta-feira (17) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba.

A reação do mercado da carne suína ocorre após o surto de gripe aviária em maio em uma granja no Rio Grande do Sul, que levou o Brasil a declarar-se livre da doença em junho. O episódio elevou os preços da carne de frango e prejudicou temporariamente a carne suína. Com o fim da suspensão das exportações para a União Europeia, as vendas do frango se recuperaram e atingiram recordes no segundo semestre.

Entre junho e o início de setembro, o preço do frango manteve alta firme, enquanto o do suíno caiu, reduzindo a competitividade da carne suína. No entanto, desde setembro, o cenário se inverteu. Os valores do suíno começaram a subir, enquanto os do frango desaceleraram, favorecendo a carne de porco pela primeira vez após o surto.

O poder de compra dos produtores de carne suína em relação ao farelo de soja melhorou significativamente, alcançando o momento mais favorável desde 2004. Em setembro, com a venda de um quilo do suíno vivo, os produtores conseguiram adquirir 5,57 quilos de farelo de soja, 54% acima da média histórica desde janeiro de 2024.

O preço do suíno vivo em setembro atingiu R$ 9,25 o quilo, o maior registro do ano, impulsionado pela redução de 21,7% no preço do farelo de soja na região de Campinas (SP). Essa combinação tem favorecido a suinocultura no estado.

As exportações brasileiras de carne suína cresceram cerca de 72% entre janeiro e agosto de 2025, passando de 7,7 mil toneladas para 13,3 mil toneladas. Chile e Filipinas foram os principais destinos, com o Chile dobrando seu volume em julho. O reconhecimento do estado do Paraná como livre de febre aftosa sem vacinação contribuiu para esse crescimento.

Os preços do suíno vivo e da carne suína permaneceram elevados desde o fim do primeiro semestre, mantendo-se firmes em agosto mesmo diante da sazonalidade que normalmente reduz os valores. A demanda aquecida no início do mês e o interesse constante na sequência alimentaram esse comportamento.

Já na carne de frango, as exportações em setembro foram as maiores em 11 meses, e o ritmo em outubro está 9,6% acima do mês anterior e 16% maior que em outubro de 2024. O Cepea estima que 2025 pode fechar com um recorde nas exportações de frango, impulsionado pela retomada das compras da União Europeia, que estavam suspensas desde maio.

Apesar disso, os embarques de carne de frango à China permanecem suspensos desde o surto, limitando o potencial maior das exportações brasileiras. O retorno ao mercado chinês poderia ampliar ainda mais os volumes vendidos.

Os pesquisadores do Cepea destacam que o cenário positivo para as carnes brasileiras depende da continuidade do controle da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade e da ausência de novos surtos, que poderiam afetar a estabilidade do mercado.

Esses acontecimentos indicam uma reestruturação no mercado de proteínas animal em 2025, com recuperação da carne suína após o impacto da gripe aviária e o fortalecimento das exportações brasileiras, tanto para frango quanto para porco.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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