Um bezerro chamado Rafinha nasceu em Pernambuco com

Um bezerro chamado Rafinha nasceu em Pernambuco com o uso de uma técnica inédita de fertilização in vitro (FIV) que emprega uma proteína extraída de um peixe do Ártico para proteger o embrião durante o congelamento. O embrião foi produzido no laboratório da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), no Recife, e permaneceu congelado por dois anos antes de ser implantado numa vaca gestante.

A proteína utilizada foi extraída do linguado do Ártico, e sua função foi garantir a integridade do embrião durante o processo de congelamento prolongado. Após dois anos, o embrião foi transferido para uma vaca chamada Valentina, que serviu como mãe de aluguel e gestou Rafinha até o nascimento.

O projeto é liderado pelo médico-veterinário Rafael Silva Júnior e teve duração de quatro anos. Ele afirma que o uso dessa proteína pode reduzir em até 40% os custos envolvidos na fertilização in vitro de bovinos, o que representa uma potencial inovação para o setor agropecuário brasileiro.

A técnica, além de inédita no país, promete trazer avanços na conservação dos embriões, ampliando as possibilidades de reprodução assistida em bovinos. O consumo de insumos biológicos alternativos, como a proteína do linguado, pode otimizar processos e reduzir impactos financeiros.

Esse avanço tecnológico pode influenciar a criação de gado no Brasil, aumentando a eficiência reprodutiva e promovendo maior controle genético nos rebanhos. A pesquisa também demonstra o potencial de colaboração entre biotecnologia e pecuária para enfrentar desafios do setor.

Rafinha, como o primeiro bezerro brasileiro gerado com esta técnica, representa um marco para a fertilização in vitro no país. O nascimento dele confirma a viabilidade da proteína de peixe do Ártico como agente protetor durante o congelamento de embriões bovinos.

A UFRPE segue sendo referência no desenvolvimento de novas técnicas para reprodução animal, buscando alternativas que agreguem valor econômico e científico à agropecuária.

Pesquisas como esta podem contribuir para a inovação em reprodução animal e ajudar a reduzir custos para produtores rurais. A aplicação prática da técnica deve ser acompanhada de novos estudos para avaliar eficiência e segurança em larga escala.

Palavras-chave: fertilização in vitro, embrião bovino, proteína de peixe, linguado do Ártico, reprodução assistida, Universidade Federal Rural de Pernambuco, biotecnologia, pecuária brasileira, redução de custos, reprodução animal.

Fonte: g1.globo.com