Economia

O preço do azeite no Brasil caiu 14,55%

O preço do azeite no Brasil caiu 14,55%
  • Publishedoutubro 12, 2025

O preço do azeite no Brasil caiu 14,55% em 12 meses, com nova redução de 3,11% em setembro de 2024, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados em 9 de outubro. A sequência de nove quedas mensais consecutivas no preço ocorre após mais de dois anos de alta, motivada por fatores climáticos, cambiais e fiscais.

Especialistas atribuem a redução principalmente ao clima mais favorável na Europa neste ano, que incentivou uma safra maior de azeitonas em países como Portugal e Espanha, responsáveis por mais de 98% do azeite vendido no Brasil. O clima ameno em 2024 reverteu a escassez causada pela seca e calor intensos no continente em 2023, que reduziram a oferta e elevaram preços globalmente.

Além disso, a desvalorização do dólar frente ao real contribuiu para o abatimento dos custos de importação, dado que o Brasil depende quase totalmente do produto estrangeiro. A moeda americana, que começou 2024 cotada perto de R$ 6,20, recuou para cerca de R$ 5,45, reduzindo o preço do azeite em reais.

Outro fator citado é a isenção do imposto de importação sobre o azeite, implementada pelo governo federal em março deste ano. Embora tenha apoiado a queda, especialistas afirmam que o impacto deste benefício fiscal foi menos significativo em comparação aos efeitos do clima e da cotação cambial.

De acordo com o professor Carlos Eduardo de Freitas Vian, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), a combinação desses elementos resultou na redução dos valores no mercado interno, apesar de uma demora inicial causada pela circulação de estoques com preços antigos. O pesquisador Felippe Serigati, da FGVAgro, destaca que a queda é perceptível nos supermercados e pode continuar caso as condições permaneçam favoráveis.

O cenário de preços elevados até meados de 2024 também motivou ações do governo para garantir a qualidade do produto, com apreensão e proibição de dezenas de marcas de origem suspeita ou fraudulenta. Consumidores buscaram alternativas mais acessíveis durante o período de alta.

Se as safras da Europa mantiverem a melhora e a cotação do dólar não subir, o preço do azeite pode cair ainda mais nos próximos meses, apontam os especialistas. Entretanto, o mercado permanece sujeito a variações climáticas e econômicas globais que podem alterar essa tendência.

Por fim, a redução dos preços do azeite contribui para a moderação do custo dos alimentos no Brasil, impactando o orçamento dos consumidores que dependem do produto importado para uso diário.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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