O dólar abriu em leve alta nesta quarta-feira (8), cotado a R$ 5,3542 às 9h05, enquanto investidores acompanham a votação da Medida Provisória (MP) 1.303 no Congresso e sinais do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos. A MP, que substitui o aumento original do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e eleva tributos, provoca dúvidas sobre a meta fiscal do governo brasileiro.
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, deve abrir por volta das 10h em meio à movimentação cautelosa no mercado. A votação da MP do IOF é acompanhada de perto pela expectativa sobre o compromisso fiscal do governo, que sofre questionamentos após as alterações propostas.
No âmbito internacional, a paralisação do governo dos EUA entra no sétimo dia, limitando a divulgação de dados econômicos. Investidores aguardam a ata da última reunião do Fed, que promoveu corte nas taxas de juros, e os discursos de dirigentes do banco central americano ao longo do dia, que podem indicar futuras mudanças na política monetária.
A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta mostra que a aprovação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva alcançou 48%, enquanto a desaprovação está em 49%, indicando empate técnico pela primeira vez desde janeiro. A pesquisa ouviu 2.004 pessoas entre 2 e 5 de outubro, com margem de erro de dois pontos percentuais.
Entre os grupos analisados, mulheres e católicos aumentaram a aprovação ao governo, enquanto exceptuando a faixa etária de 35 a 59 anos e a população mais rica, que apresentam empate ou mudança recente na tendência. Para 49% dos entrevistados, o presidente Lula saiu politicamente fortalecido após encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump, na Organização das Nações Unidas (ONU).
No mercado financeiro global, o ouro atingiu nesta terça-feira (7) a marca histórica de US$ 4.008,42 por onça-troy, valor impulsionado pela instabilidade política na França e no Japão, além das expectativas em torno da política monetária americana. A renúncia do primeiro-ministro francês Sébastien Lecornu e a eleição de Sanae Takaichi como líder do partido governista japonês geraram incertezas sobre a estabilidade fiscal desses países, aumentando a busca por ativos considerados seguros.
Nas bolsas internacionais, Wall Street encerrou o dia anterior em queda, com o Dow Jones recuando 0,20%, o S&P 500 caindo 0,41% e o Nasdaq Composite 0,67%. Eurasia e Europa também registraram desempenho negativo, com índices como o STOXX 600 caindo 0,2%. Em contrapartida, o mercado europeu apresentou variações pequenas em algumas praças, como o menor impacto das ações de empresas de luxo em França.
Na Ásia, o mercado japonês foi destaque, com o índice Nikkei atingindo máxima histórica pelo terceiro dia consecutivo, graças ao desempenho das empresas ligadas à produção de chips. O índice fechou com alta de 0,01%, aos 47.950 pontos. Outras praças da região, como Taiwan e Cingapura, registraram altas, enquanto mercados como Xangai, Shenzhen e Seul permanecem fechados por feriado.
A paralisação do governo americano causa atraso e suspensão de diversos serviços públicos, como o pagamento a cerca de 2 milhões de servidores federais e a divulgação de dados econômicos essenciais para a análise de mercado. O Senado dos EUA, liderado por republicanos, prepara nova tentativa de votação de medidas provisórias para financiar agências federais, mas o avanço deve ser limitado pela falta de apoio suficiente.
No Brasil, o dólar mostra alta acumulada de 0,28% na semana e 0,53% no mês, embora registre queda de 13,42% no acumulado do ano. Já o Ibovespa apresenta queda de 1,95% na semana e 3,31% no mês, com acumulado positivo de 17,55% no ano.
O dia está marcado pela expectativa sobre o desenrolar da MP do IOF e as falas de dirigentes do Fed, que poderão trazer sinais mais claros sobre o rumo das políticas econômicas nos dois países, influenciando os mercados locais e internacionais.
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Fonte: g1.globo.com
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