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Igrejas na Alemanha têm perdido fiéis há anos

Igrejas na Alemanha têm perdido fiéis há anos
  • Publishedoutubro 6, 2025

Igrejas na Alemanha têm perdido fiéis há anos, levando à subutilização de muitos templos históricos que demandam altos custos de manutenção. Em 2024, diversos espaços religiosos passaram a ser reaproveitados para atividades seculares, incluindo eventos culturais e esportivos, a fim de reduzir despesas e manter os edifícios ativos.

A Igreja Evangélica na Alemanha Central (EKM), responsável por várias regiões, reconhece que cerca de metade das igrejas não será mais usada apenas para cultos. Segundo a pesquisadora Stefanie Lieb, é esperado que entre quatro e cinco dessas dez igrejas tenham outras funções no futuro.

A venda dos templos é difícil, pois muitos deles têm proteção ao patrimônio que impede demolição ou modificações significativas. Além disso, condições físicas precárias dificultam a comercialização. Para reduzir custos, algumas dioceses promovem a união de comunidades católicas e protestantes em um mesmo espaço, como ocorre em 51 igrejas na região de Oberpfalz.

Outra alternativa adotada é ceder os espaços para grupos religiosos diferentes, como as comunidades cristãs ortodoxas. Mas, em outros casos, as igrejas passaram a receber atividades não religiosas, como gastronomia, esportes radicais, eventos empresariais, exposições e até festas.

Um exemplo é a antiga igreja St. Peter, em Mönchengladbach, que foi transformada em centro de escalada. Em Bad Orb, próximo a Frankfurt, uma igreja católica fechada desde 2016 virou um espaço de escalada para jovens, conhecido como “Boulder Church”. O investidor Marc Ihl destinou cerca de 500 mil euros para o projeto, que conta com rotas de até 13 metros.

Na cidade de Limburg, o templo “Kapelle auf dem Schafsberg” foi convertido em restaurante e espaço para eventos, enquanto a antiga Igreja Martini, em Bielefeld, seguiu o mesmo caminho. Em Berlim, a igreja protestante Heilig-Kreuz, no bairro de Kreuzberg, funciona como café e sedia eventos culturais, como exposições, concertos e noites de DJ. Outra igreja na mesma área, St. Thomas, já abrigou festas do tipo rave.

Essa tendência não é exclusiva da Alemanha. Na Espanha, a igreja de Santa Bárbara em Llanera foi transformada no Kaos Temple, espaço para skatistas.

O declínio no número de fiéis impacta diretamente a arrecadação de impostos destinados à manutenção das igrejas. Atualmente, a Igreja Católica tem cerca de 19,7 milhões de membros na Alemanha, enquanto a Igreja Protestante conta com aproximadamente 18 milhões. Na década de 1990, as duas somavam 57 milhões de adeptos; estimativas indicam que esse número pode cair para 23 milhões até 2060.

Os recursos para as igrejas vêm do imposto religioso, que corresponde a uma porcentagem da renda dos membros oficialmente inscritos em seus registros. Na Alemanha, a filiação religiosa é declarada no cadastro municipal e determina a cobrança que varia entre 8% e 9% da renda, com exceções para algumas religiões, como o Islã e as igrejas ortodoxas.

A readequação dos espaços religiosos visa garantir a preservação dos imóveis e o equilíbrio financeiro das comunidades, ao mesmo tempo que amplia a oferta cultural e social nas localidades.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

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