Stalking é um crime que envolve a perseguição reiterada, fís

Stalking é um crime que envolve a perseguição reiterada, física ou digital, que causa medo e limita a liberdade da vítima. O crime, previsto no Código Penal desde 2021, tem casos registrados em todo o país, incluindo relatos como o da médica psiquiatra Laura Campos, do Distrito Federal, que sofre perseguição de um ex-paciente há mais de quatro anos.

O stalking se manifesta por meio de várias ações repetidas, como envio contínuo de mensagens ou ligações, comentários invasivos em redes sociais, criação de perfis falsos para monitorar a rotina da vítima, e presença constante em locais frequentados pela pessoa perseguida. Essas atitudes podem provocar medo, ansiedade e restrições às atividades diárias da vítima.

Laura Campos relatou que o assédio, iniciado em 2021 por um ex-paciente, começou de forma discreta, com reações a publicações em redes sociais, e evoluiu para mensagens ameaçadoras. Ela bloqueou o perfil do agressor após as primeiras atitudes invasivas. O caso mostra o impacto do stalking nas relações pessoais e profissionais.

Especialistas destacam que o stalking geralmente está associado a outros crimes, como ameaças, extorsão e violência psicológica. Na internet, o crime se configura quando o autor realiza tentativas repetidas de contato, usa perfis falsos para driblar bloqueios e, em alguns casos, instala malwares nos dispositivos da vítima para monitorar suas atividades.

O malware, também conhecido como stalkerware, é frequentemente instalado após acesso físico ao aparelho da vítima ou por meio de aplicativos maliciosos disfarçados. Ele permite ao criminoso acessar informações pessoais, histórico de localização, chamadas e outras atividades digitais da vítima.

Para identificar o stalking, é fundamental observar a frequência dos atos invasivos e o impacto que eles causam na rotina e no bem-estar da pessoa. O ciclo repetitivo de perseguição configura o crime, mesmo que as ações, isoladamente, pareçam inofensivas.

A vítima deve denunciar o stalking quando a perseguição a leva a modificar sua rotina ou quando sentir medo. O registro pode ser feito na delegacia mais próxima ou pela delegacia eletrônica, sem necessidade de conhecer pessoalmente o agressor. Perfis falsos e anonimato não impedem o início das investigações.

Para que a polícia prossiga com o caso, é necessário que a vítima faça uma representação formal, solicitando o processamento do agressor. Embora não seja obrigatório apresentar provas no registro, reunir evidências, como capturas de tela e gravações, facilita a investigação.

Métodos como a ata notarial, realizada em cartório, reconhecem a existência do conteúdo em determinada data, mas não asseguram a integridade da informação. Serviços de registro de provas digitais oferecem maior segurança quanto à autenticidade e preservação das evidências.

O combate ao stalking depende do reconhecimento dos sinais, do apoio às vítimas e da atuação das autoridades. A conscientização sobre esse tipo de crime ajuda a reduzir os riscos e oferece caminhos para a denúncia e proteção.

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Fonte: g1.globo.com