Economia

O presidente da Argentina, Javier Milei, pediu ajuda

O presidente da Argentina, Javier Milei, pediu ajuda
  • Publishedsetembro 25, 2025

O presidente da Argentina, Javier Milei, pediu ajuda financeira aos Estados Unidos para enfrentar a crise econômica que se agravou neste ano. A reunião entre Milei e o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, em Nova York, ocorreu em meio a dificuldades cambiais, fraqueza política e escassez de dólares no país.

Os Estados Unidos ofereceram apoio econômico por meio de mensagens do secretário do Tesouro, Scott Bessent, que afirmou estar disposto a fazer “o que for necessário” para ajudar a Argentina. Entre as medidas cogitadas estão empréstimos, swaps cambiais e compra de dívidas públicas em dólares pelo Fundo de Estabilização do Tesouro.

Paralelamente, o Banco Mundial, liderado pelos EUA como maior acionista, acelerou a liberação de um pacote de US$ 12 bilhões, com desembolso imediato de US$ 4 bilhões para o governo argentino. O impulso ocorre após sinais de queda na confiança dos investidores e da desvalorização das reservas internacionais do Banco Central argentino.

Milei assumiu em dezembro de 2023 com uma política focada em reduzir o déficit fiscal e controlar a inflação, buscando acumular reservas em dólares para estabilizar a economia. Inicialmente, esse modelo teve apoio dos mercados e do FMI, que liberou um empréstimo em abril. No entanto, o país enfrentou uma escassez crescente de dólares, prejudicando o refinanciamento da dívida pública e exigindo altas taxas de juros que frearam o crescimento.

A crise cambial se agravou com a derrota eleitoral do partido de Milei nas eleições legislativas da província de Buenos Aires, principal colégio eleitoral do país. O partido governista perdeu para a oposição peronista, enfraquecendo sua posição política e aumentando a desconfiança no mercado.

Em meio a esses fatores, surgiram também denúncias de corrupção envolvendo a irmã do presidente, Karina Milei, que impactaram ainda mais a credibilidade do governo. Isso contribuiu para uma instabilidade política e econômica marcada por rejeição de propostas no Congresso e tensão entre o governo federal e governadores provinciais.

O peso argentino está supervalorizado entre 20% e 30%, o que, segundo economistas, prejudica a competitividade das exportações e impede a entrada de dólares. Para equilibrar, especialistas recomendam uma desvalorização cambial parcial, ampliando as faixas de flutuação da moeda.

O governo argentino adotou uma medida temporária para tentar aumentar a circulação de dólares, suspendendo até 31 de outubro as retenções de grãos – impostos sobre exportações agrícolas. Essa decisão busca elevar a oferta de dólares pouco antes das eleições legislativas que definirão a composição do Congresso nacional.

Milei enfrenta o desafio de superar as eleições de outubro sem novas crises, para manter seu projeto econômico. A possibilidade de apoio financeiro dos EUA representa uma tentativa de restaurar a confiança dos mercados e garantir liquidez no curto prazo.

Apesar do apoio anunciado, ainda não se sabe o volume nem as condições exatas do possível empréstimo americano. Também permanece incerta a contrapartida exigida pela Casa Branca em troca do auxílio.

O cenário mostra uma Argentina que precisa equilibrar medidas econômicas, estratégias políticas e ganhos em credibilidade para estabilizar a situação. A resposta dos mercados e a capacidade do governo de formar alianças políticas serão decisivas para os próximos meses.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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