O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,48% em setembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (25). O dado é uma prévia da inflação oficial do país e reflete o comportamento dos preços no período.
No acumulado do terceiro trimestre de 2024, o IPCA-15 subiu 0,67%, acima dos 0,62% verificados no mesmo intervalo do ano anterior. Cinco dos nove grupos pesquisados apresentaram alta em setembro, com destaque para o segmento de Habitação, que avançou 3,31%, representando impacto de 0,50 ponto percentual no índice.
O aumento dos preços no grupo Habitação foi influenciado, principalmente, pela alta na energia elétrica residencial, que contribuiu com 0,47 ponto percentual para o índice. Esse reajuste ocorreu após queda de 4,93% em agosto, devido ao fim do Bônus de Itaipu, que havia sido creditado no mês anterior. Além disso, a adoção da bandeira vermelha patamar 2, vigente desde 1º de setembro, acrescentou R$ 7,87 a cada 100 kWh nas contas de luz.
Em Belém, o reajuste tarifário de 4,25% fez com que a alta local da energia elétrica chegasse a 11,38%. Esses fatores impulsionaram o aumento dos preços no setor de Habitação em âmbito nacional.
Por outro lado, o grupo Alimentação e bebidas apresentou queda de 0,35%, marcando a quarta retração mensal consecutiva. Transportes também registrou variação negativa de 0,25%. Os demais grupos tiveram variações positivas, com Vestuário liderando, com alta de 0,97%.
O levantamento do IBGE considera a média de preços coletados entre os dias 16 do mês anterior e 15 do mês corrente. Os dados são utilizados como referência para ajustes econômicos e negociações salariais em todo o país.
A variação do IPCA-15 serve como um termômetro da inflação e antecede a divulgação mensal oficial do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação para o consumidor final.
A divulgação do índice reforça a importância do acompanhamento dos preços e o impacto das tarifas públicas no orçamento das famílias brasileiras. O reajuste nas contas de energia elétrica em setembro foi o principal fator para a aceleração da inflação prévia no mês.
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Fonte: g1.globo.com
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