O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados

O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, reduziu as taxas de juros em 0,25 ponto percentual nesta quarta-feira (17), ajustando a faixa para 4% a 4,25% ao ano, no primeiro corte desde dezembro de 2019. A decisão ocorreu em meio a sinais de desaceleração econômica e pressões políticas internas, mantendo-se alinhada às expectativas do mercado.
Desde a última redução, em 18 de dezembro, o Fed manteve as taxas constantes por cinco reuniões consecutivas. A recente queda reflete dados mais fracos do mercado de trabalho e a continuidade da inflação controlada, ainda que acima da meta de 2% adotada pela instituição. Essa combinação permitiu a flexibilização das taxas diante do cenário econômico norte-americano.
A decisão vem em meio a uma tensão crescente entre o presidente Donald Trump e o Fed. Trump tem criticado abertamente o presidente do banco, Jerome Powell, e buscado a saída de membros da diretoria, incluindo Lisa Cook, cuja tentativa de demissão foi barrada pela Justiça. O caso chegou à Suprema Corte, acirrando o debate sobre a independência do banco central.
Trump já indicou Stephen Miran para uma vaga no Fed, que deverá reforçar a posição do governo dentro da instituição. Miran, ex-conselheiro econômico do presidente, foi aprovado pelo Senado pouco antes da decisão da última quarta-feira. A eventual confirmação da saída de Cook poderia garantir ao presidente uma maioria no conselho, ampliando sua influência na política monetária dos EUA.
A redução dos juros americanos tem implicações diretas nos mercados internacionais, inclusive para o Brasil. Com a queda das taxas, os títulos públicos norte-americanos, conhecidos como Treasuries, tornam-se menos atrativos para investidores estrangeiros. Essa mudança pode aumentar o fluxo de capital para países emergentes, favorecendo a valorização do real frente ao dólar.
Além disso, o dólar mais fraco reduz a pressão inflacionária no Brasil, potencialmente influenciando as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros, a Selic. Assim, os movimentos do Fed reverberam além das fronteiras americanas, impactando preços e investimentos.
Desde a posse de Donald Trump, em janeiro de 2017, o Fed já realizou seis ajustes na taxa de juros, sendo este o primeiro corte. O ambiente econômico tem se mostrado desafiador, especialmente por conta da guerra tarifária liderada pelo governo americano, que afeta a inflação e o crescimento.
Em resumo, a redução dos juros pelo Fed reflete um equilíbrio entre o controle da inflação e o enfraquecimento do mercado de trabalho nos EUA, além das pressões políticas internas. O movimento terá repercussões globais, influenciando fluxos financeiros e decisões econômicas em outras economias, incluindo a brasileira.
—
Palavras-chave relacionadas para SEO:
Federal Reserve, Fed, redução de juros, taxa de juros EUA, política monetária, Donald Trump, Jerome Powell, inflação nos EUA, mercado financeiro, economia dos EUA, Tesouro americano, dólar, real, Selic, Banco Central do Brasil, política econômica, guerra tarifária, investimento internacional, Stephen Miran, Lisa Cook
Fonte: g1.globo.com
Imagem: s2-g1.glbimg.com
Fonte: g1.globo.com