O dólar abriu em queda nesta terça-feira (16), enquanto o

O dólar abriu em queda nesta terça-feira (16), enquanto o Ibovespa atingiu novo recorde, em meio à expectativa pelas decisões de política monetária do Banco Central do Brasil e do Federal Reserve dos Estados Unidos, previstas para esta quarta-feira (17). O movimento reflete projeções sobre as taxas de juros nos dois países e influência o comportamento dos mercados financeiros.
As reuniões dos comitês de política monetária dos bancos centrais dos EUA e do Brasil começaram hoje e os investidores aguardam que o Brasil mantenha a taxa básica de juros em 15% ao ano. Nos Estados Unidos, espera-se o início de um ciclo de cortes na taxa de juros, com queda de 0,25 ponto percentual.
O dólar acumula queda de 0,61% na semana, 1,86% no mês e 13,89% no ano. Já o Ibovespa registra alta de 0,90% na semana, 1,44% no mês e 19,27% no ano. Na manhã desta terça, o índice da bolsa brasileira operava acima dos 143 mil pontos, renovando o recorde histórico.
A expectativa de cortes consecutivos de juros nos EUA, previstos para setembro, outubro e dezembro, tem reduzido o interesse pelos títulos do Tesouro americano, cujos rendimentos tendem a diminuir. Isso tem afastado investidores estrangeiros e pressionado para baixo a cotação do dólar.
Segundo o analista da StoneX, Leonel Mattos, essa perspectiva beneficia moedas de países com taxas de juros mais altas, como o real, que ganha espaço frente ao dólar. No entanto, ele ressalta que ainda há incerteza sobre o tom da decisão do Federal Reserve.
Além do anúncio da taxa de juros, o banco central dos EUA divulgará suas projeções econômicas, incluindo o “dotplot”, que mostra expectativas para os cortes de juros até 2027. Alguns analistas acreditam que o Fed possa optar por reduzir juros de forma mais espaçada, o que poderia levar à valorização do dólar.
Na segunda-feira (15), o ex-presidente dos EUA Donald Trump pediu publicamente ao presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, um corte “mais amplo” na taxa de juros, citando preocupações com o mercado imobiliário. Em suas redes sociais, Trump afirmou que Powell está “muito atrasado” para agir, críticas recorrentes do ex-mandatário.
Nos mercados globais, as bolsas começaram a semana em alta. Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq atingiram máximas históricas nesta segunda, impulsionados pela expectativa pela reunião do Fed e pela compra de ações da Tesla pelo CEO Elon Musk. O Dow Jones subiu 0,11%, S&P 500 avançou 0,51% e Nasdaq teve alta de 0,94%.
Na Europa, a maioria das bolsas também encerrou o dia em alta. O índice STOXX 600 subiu 0,42%; Paris avançou 0,92%; Milão, 1,14%; e Frankfurt, 0,21%. Londres foi a exceção, com o índice Financial Times recuando 0,07%, conforme o mercado se prepara para decisões de política monetária em várias regiões.
Na Ásia, o cenário foi misto. O índice Hang Seng de Hong Kong atingiu o maior nível dos últimos quatro anos, com alta de 0,22%. Em Xangai, o SSEC caiu 0,26%, enquanto o CSI300 subiu 0,24%. Outras praças, como Seul e Taiwan, registraram movimentos opostos, refletindo cautela e interesse setorial. As negociações comerciais entre China e EUA reacenderam o apetite por ações tecnológicas chinesas.
O mercado financeiro segue atento às decisões dos bancos centrais, que deverão influenciar o ritmo de crescimento econômico e a estabilidade cambial nos próximos meses.
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Fonte: g1.globo.com
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