Lideranças do PL na Câmara criticaram o presidente

Lideranças do PL na Câmara criticaram o presidente da Casa, Hugo Motta, durante almoço nesta terça-feira (20) em Brasília, acusando-o de adotar uma estratégia para enterrar o Projeto de Lei que prevê anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro no Congresso. O encontro reuniu três nomes de destaque do partido que avaliam medidas para reagir à postura de Motta.
Participaram do almoço o vice-presidente da Câmara, Altineu Cortes, o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante, e o líder da oposição, Luciano Zucco. Na reunião, eles defenderam a retirada dos votos da oposição da PEC da Blindagem caso o PL abandone a proposta de anistia ampla, que beneficiaria Bolsonaro.
Os parlamentares concordaram que o centrão não teria condições de aprovar a PEC da Blindagem sem o apoio dos deputados de direita. Esse grupo, ligado ao PL, rejeita o acordo que implicaria abrir mão da anistia. Segundo relatos, há insatisfação com a articulação de Motta, vista como um revés para os interesses do partido.
Após o almoço, Altineu Cortes teria tentado convencer Sóstenes Cavalcante a entrar em contato com Hugo Motta para discutir a situação. No entanto, o líder do PL recusou-se, afirmando que Motta estava traindo o partido ao agir contra a anistia.
O episódio evidencia o tensionamento dentro do PL e entre aliados do presidente Jair Bolsonaro, diante dos esforços para garantir a anistia ampla por meio da proposta em tramitação. A insatisfação pode refletir em movimentações para influenciar votações futuras, principalmente na PEC da Blindagem.
A controvérsia reforça o cenário político conturbado na Câmara em relação às estratégias para proteger aliados e evitar eventuais consequências judiciais por ações relacionadas à gestão Bolsonaro. A situação ainda deve gerar desdobramentos nas próximas sessões parlamentares.
—
Palavras-chave: PL, Hugo Motta, Câmara dos Deputados, Jair Bolsonaro, anistia, PEC da Blindagem, centrão, Sóstenes Cavalcante, Altineu Cortes, Luciano Zucco, Congresso Nacional, política brasileira.
Fonte: g1.globo.com
Fonte: g1.globo.com