Os analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa

Os analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação para 2025 de 4,85% para 4,83%, segundo o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Banco Central. A projeção para 2026 permaneceu estável em 4,30%.
O boletim Focus é elaborado a partir de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras, realizada na última semana. Para 2027, a expectativa de inflação caiu de 3,93% para 3,90%, enquanto para 2028 a previsão se manteve em 3,70%.
Desde janeiro de 2025, o Brasil adota um sistema de meta contínua para a inflação, estabelecendo como objetivo oficial 3%, com um intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%. Cabe ao Banco Central ajustar a taxa básica de juros, a Selic, para manter a inflação dentro dessa faixa.
A Selic, porém, demora de seis a 18 meses para refletir seus efeitos na economia. Dessa forma, o BC avalia as expectativas de inflação futuras, incluindo a estimativa para o acumulado em 12 meses até o primeiro trimestre de 2027.
O sistema considera que, se a inflação permanecer fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, a meta terá sido descumprida. Em caso de descumprimento, o Banco Central deve enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda explicando as causas.
Em junho, a inflação acumulada em 12 meses ultrapassou o teto do sistema, fixado em 4,5%, por seis meses consecutivos. Por isso, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, enviou uma carta pública ao ministro Fernando Haddad explicando os motivos.
Segundo Galípolo, a inflação acima do teto está relacionada a fatores como atividade econômica aquecida, variações cambiais, custo da energia elétrica e anomalias climáticas.
O aumento da inflação afeta diretamente o poder de compra da população, principalmente entre aquelas pessoas com salários mais baixos, já que os preços dos produtos e serviços sobem mais rápido que os salários.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a projeção para o crescimento em 2025 foi mantida em 2,16%. Para 2026, houve uma leve redução, de 1,85% para 1,80%. O PIB representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é usado para avaliar o desempenho da economia.
Sobre a taxa básica de juros, o mercado manteve a projeção de 15% ao ano para o fechamento de 2025, valor que corresponde ao nível atual da Selic. Para o final de 2026, a estimativa recuou de 12,50% para 12,38%. Para 2027, a previsão permaneceu em 10,50% ao ano.
Outras projeções divulgadas indicam que o dólar deve encerrar 2025 cotado a R$ 5,50, abaixo dos R$ 5,55 previstos anteriormente. Para 2026, a expectativa se manteve em R$ 5,60.
A previsão para o superávit da balança comercial em 2025 foi reduzida ligeiramente, de US$ 65 bilhões para US$ 64,8 bilhões. Para 2026, o saldo positivo estimado passou de US$ 69 bilhões para US$ 68,4 bilhões.
Já para o investimento estrangeiro direto no Brasil, a estimativa permaneceu estável em US$ 70 bilhões para 2025 e 2026.
O boletim Focus reforça as expectativas do mercado financeiro diante da política monetária do Banco Central e dos desafios econômicos do país, com impactos diretos na vida dos brasileiros por meio da inflação, crescimento econômico, juros e câmbio.
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Fonte: g1.globo.com
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Fonte: g1.globo.com