Governo lança programa para ampliar empreendimentos comercia

O Ministério dos Portos e Aeroportos anunciará na próxima segunda-feira (15) o programa Investe Mais+Aeroportos, que pretende estimular shoppings, hotéis e outros empreendimentos comerciais em aeroportos concedidos à iniciativa privada. A iniciativa busca ampliar as receitas não-tarifárias das concessionárias e fortalecer a economia aeroportuária.

O programa prevê a flexibilização das normas dos contratos de cessão de áreas nos aeroportos. A medida permitirá que concessionárias firmem contratos com prazos mais longos, facilitando a amortização dos investimentos realizados em empreendimentos comerciais.

Clarissa Barros, secretária nacional substituta de Aviação Civil, destacou que aeroportos no mundo possuem grande potencial de receita comercial. “Os aeroportos que exploram bem esse perfil de receitas têm cerca de 60% da receita proveniente de atividades não tarifárias”, explicou.

Entre os empreendimentos possíveis estão shoppings centers, hotéis, hospitais, galpões logísticos, escolas, centros de convenções, casas de espetáculo e unidades de energia. O objetivo é diversificar as fontes de receita e tornar os aeroportos hubs multifuncionais.

De 2023 a 2025, 19 projetos comerciais foram aprovados, somando investimentos de cerca de R$ 4,5 bilhões em aeroportos brasileiros. Barros afirma que, em muitos casos, as receitas comerciais sustentam a operação dos terminais.

Além disso, a expansão desses contratos pode viabilizar aeroportos de menor porte que enfrentam dificuldades econômicas. “Esse tipo de contrato permite grandes empreendimentos e, às vezes, torna possível a operação de aeroportos pequenos”, completou a secretária.

O programa Investe Mais+Aeroportos faz parte de um esforço para ampliar a eficiência e sustentabilidade financeira dos aeroportos concedidos, aeroportos este que registram crescimento no movimento de passageiros desde 2023. A iniciativa deve incentivar novos investimentos e promover maior integração entre infraestrutura aeroportuária e atividades comerciais.

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Fonte: g1.globo.com