Economia

Embraer defende interesses e nega acusações dos EUA

Embraer defende interesses e nega acusações dos EUA
  • Publishedagosto 18, 2025

Embraer se defende de investigação americana e afirma que tarifaço prejudica interesses dos EUA A Embraer, fabricante brasileira de aviões, enviou nesta segunda-feira (18) uma carta ao governo dos Estados Unidos em resposta à investigação comercial norte-americana que apura supostas práticas desleais por parte do Brasil. No documento, a empresa rejeita as acusações e alerta que a imposição de tarifas…

Embraer se defende de investigação americana e afirma que tarifaço prejudica interesses dos EUA

A Embraer, fabricante brasileira de aviões, enviou nesta segunda-feira (18) uma carta ao governo dos Estados Unidos em resposta à investigação comercial norte-americana que apura supostas práticas desleais por parte do Brasil. No documento, a empresa rejeita as acusações e alerta que a imposição de tarifas adicionais seria contrária aos interesses dos Estados Unidos.

O caso tem como base a aplicação da Seção 301, mecanismo usado pelos EUA para adotar medidas unilaterais contra práticas comerciais consideradas injustas. Em julho, o governo americano u o início de uma investigação comercial contra o Brasil, sob o governo do então presidente Donald Trump, alegando práticas desleais que levariam a uma “guerra tarifária”.

No cenário atual, a Embraer já está sujeita a uma tarifa de 10% nos EUA, mas conseguiu ficar fora do aumento extra de 40% aplicado a outras importações brasileiras. A empresa, no entanto, busca zerar todas as tarifas para manter a competitividade.

Defesa da Embraer: interdependência econômica entre Brasil e EUA

Na carta, assinada pelo presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, a empresa destaca que, embora tenha sua sede no Brasil, possui operações significativas nos Estados Unidos, incluindo sua subsidiária integral EAH, fundada em 1979 na Flórida, que fabrica jatos executivos e presta serviços de aviação.

A Embraer ressalta que a imposição de tarifas mais altas prejudicaria a economia norte-americana, citando que suas operações nos EUA geram cerca de 12,5 mil empregos diretos e indiretos, com perspectiva de criação de mais 5 mil postos até 2030. Além disso, a companhia pretende aumentar compras de bens e serviços de empresas americanas, fortalecendo o comércio bilateral.

A fabricante deixa claro ainda que as alegações de práticas desleais não são aplicáveis a seus negócios, uma vez que o Brasil já adota uma política de tarifa zero para produtos de aeronaves civis com seus parceiros comerciais, incluindo os EUA. A empresa também afirma que os volumes de exportações americanas para o Brasil superam as exportações brasileiras para os Estados Unidos neste setor.

Impactos e presença da Embraer nos EUA

A Embraer destacou a abrangente presença no mercado americano, com unidades industriais em estados como Flórida, Arizona, Geórgia, Tennessee e Texas. Sua produção de jatos executivos em Melbourne, Flórida, gera exportações anuais superiores a US$ 600 milhões.

A empresa também afirma que suas aeronaves são responsáveis por transportar cerca de 100 milhões de passageiros nos Estados Unidos anualmente, representando aproximadamente 10% de todo o tráfego aéreo do país. Cerca de 2 mil aeronaves da Embraer operam com companhias como American Airlines, Delta, United e Alaska Airlines.

Outro ponto destacado é a relevância da Embraer para a defesa nacional americana. O presidente da fabricante reforça que investimentos futuros pelo desenvolvimento do cargueiro KC-390 para a Força Aérea dos Estados Unidos podem ampliar ainda mais a parceria entre os países.

Conclusão

Ao final da carta, a Embraer solicita que o governo americano reconheça os benefícios econômicos gerados pela empresa para os EUA e evite a imposição de tarifas punitivas que poderiam prejudicar as cadeias produtivas, investimentos e empregos nos dois países.

Até o momento, o governo dos Estados Unidos não se manifestou oficialmente sobre a carta enviada pela Embraer. O caso permanece em análise no âmbito da Seção 301, e o desfecho poderá influenciar diretamente o futuro das relações comerciais entre Brasil e EUA.

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Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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