O Brasil manteve a segunda maior taxa de juros reais

O Brasil manteve a segunda maior taxa de juros reais do mundo após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidir nesta quarta-feira (10) manter a taxa Selic em 15% ao ano. A decisão mantém a taxa no maior patamar dos últimos quase 20 anos, influenciando o cenário econômico nacional.
A taxa de juros real é calculada pela taxa nominal descontada da inflação prevista para os próximos 12 meses. Segundo levantamento do MoneYou, o juro real brasileiro está em 9,44%, atrás apenas da Turquia, que apresenta 10,33%. A Rússia ocupa a terceira posição, com juros reais de 7,89%.
O relatório do MoneYou divulgado nesta quarta-feira aponta que o Brasil ainda enfrenta incertezas inflacionárias, motivadas por preocupações com os gastos públicos. Por outro lado, o índice de preços apresenta sinais de alívio, influenciado pela queda do dólar no mercado internacional e pela desaceleração da atividade econômica, resultado das taxas de juros elevadas.
A Argentina manteve a quarta posição no ranking dos juros reais, passando de 5,16% para 7,14%. O levantamento incluiu 40 países e destacou que o Brasil segue com uma das taxas mais altas do mundo, tanto em termos reais quanto nominais.
Considerando os juros nominais, a posição do Brasil é a quarta no ranking global, atrás de Turquia (39,5%), Argentina (29%), e Rússia (16,5%). A Colômbia surge em quinto lugar com 9,25%, seguida por México (7,25%) e África do Sul (6,75%).
A taxa Selic está em 15% ao ano desde a decisão do Copom desta quarta-feira, marcando a quarta manutenção consecutiva após aumentos anteriores. A última vez que a taxa esteve em patamar semelhante foi em julho de 2006, durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A manutenção da Selic no nível atual é uma estratégia do Banco Central para controlar a inflação, mesmo diante dos impactos que juros altos podem causar na economia e nos investimentos. O Copom tem monitorado indicadores econômicos e pressões inflacionárias para definir suas decisões.
O cenário global também influencia as decisões domésticas. A desaceleração da atividade econômica mundial e os movimentos dos mercados cambiais afetam as expectativas inflacionárias e a resposta da política monetária brasileira.
Apesar da alta taxa real, o Banco Central ressalta a importância de manter a política monetária rigorosa para estabilizar preços e conter a inflação no médio prazo. As decisões futuras do Copom seguirão avaliando o comportamento dos indicadores econômicos e a projeção inflacionária.
A atual taxa Selic representa uma resposta do Banco Central ao contexto econômico doméstico e internacional, buscando equilibrar controle da inflação e estímulos ao crescimento econômico. O monitoramento contínuo das variáveis macroeconômicas deve guiar as próximas decisões monetárias.
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Fonte: g1.globo.com
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