Economia

O Banco Master entrou em liquidação em 2024, após sinais

O Banco Master entrou em liquidação em 2024, após sinais
  • Publishednovembro 27, 2025

O Banco Master entrou em liquidação em 2024, após sinais de crise financeira verificados no mercado de Certificados de Depósito Bancário (CDBs), produto muito utilizado por investidores. A instituição oferecia taxas de juros acima da média, chegando a 140% do CDI, o que revelou uma situação de risco financeiro já percebida antes da intervenção do Banco Central e da Polícia Federal.

Desde o início de 2024, o volume investido em CDBs no Brasil cresceu 36%, ultrapassando R$ 1,1 trilhão, segundo dados da Anbima. O Banco Master chamou atenção ao oferecer remunerações muito superiores às praticadas pelo mercado. Especialistas alertam que essa elevação nas taxas foi um indicativo da dificuldade do banco em acessar recursos financeiros mais baratos.

Com a retirada do apoio de grandes instituições financeiras, o Master passou a captar recursos diretamente dos investidores de varejo, elevando as taxas para compensar o risco crescente. No mercado secundário, a remuneração chegou a 177% do CDI, indicando problemas de liquidez e desconfiança entre os investidores.

O modelo de negócios do Banco Master também contribuiu para a crise, pois tinha parte significativa dos ativos aplicados em produtos ilíquidos, como carteiras “fabricadas” e precatórios, limitando a capacidade de gerar caixa rapidamente. Segundo consultores ouvidos, as taxas elevadas não representavam generosidade, mas o custo de um risco que o mercado já rejeitava.

Para evitar esse tipo de situação, especialistas recomendam analisar indicadores básicos antes de investir em CDBs, como o rating de crédito da instituição e o Índice de Basileia, que indicam solvência e capacidade financeira do banco. É esperado que bancos médios ofereçam retornos maiores que os grandes, mas diferenças excessivas podem ser sinais de alerta.

Além desses dados, é indicado pesquisar o histórico da instituição, acompanhar notícias sobre investigações e consultar profissionais de confiança. A avaliação da solidez financeira do emissor é tão importante quanto a taxa oferecida para o investimento.

Investidores também devem observar o porte da instituição, o método de captação de recursos e o ritmo de crescimento, priorizando, especialmente em bancos menores, CDBs de prazo mais curto para limitar riscos de variações repentinas na saúde financeira.

Para proteger o patrimônio, recomenda-se confirmar se o banco é autorizado pelo Banco Central e se está coberto pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que protege até R$ 250 mil por instituição. Também é essencial diversificar os emissores e desconfiar de ofertas com remunerações muito acima do mercado, pois podem indicar risco elevado ou falta de liquidez.

A Polícia Federal identificou no caso do Banco Master uma dinâmica semelhante a esquemas Ponzi, onde pagamentos altos dependem de uma crescente captação de recursos. Embora o banco fosse regulado e realizasse atividades econômicas reais, especialistas apontam que a dependência de taxas altas para manter a operação se aproximava de um desequilíbrio com características pontuais desse modelo.

O caso do Banco Master reforça a importância de uma análise criteriosa antes da aplicação em CDBs, considerando não apenas o retorno financeiro, mas também a saúde financeira e o modelo de negócios da instituição emissora. A liquidação da instituição serve de alerta para investidores sobre os riscos envolvidos e as práticas recomendadas para a proteção dos recursos aplicados.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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