Duas candidatas ao Miss Universo 2025 renunciaram aos

Duas candidatas ao Miss Universo 2025 renunciaram aos seus títulos após uma edição marcada por polêmicas, incluindo denúncias de favoritismo e condutas questionáveis da organização. Olivia Yacé, da Costa do Marfim, desistiu do título na segunda-feira (24), e Brigitta Schaback, da Estônia, anunciou sua saída no domingo (23), ambas citando divergências éticas.

Olivia Yacé, 27 anos, que ficou em quinto lugar e era rainha continental da África e Oceania, afirmou que sua renúncia tem relação com a necessidade de manter seus valores pessoais de respeito e igualdade. Ela devolveu a faixa e encerrou qualquer vínculo com o concurso.

Brigitta Schaback, 28, renunciou ao título nacional por discordar da condução da diretoria da Estônia. Ela mencionou que pretende atuar de forma independente, mantendo seu compromisso com o empoderamento feminino. Brigitta também reclamou de perguntas inadequadas durante a etapa preliminar do evento.

Além das candidatas, organizações nacionais da Costa do Marfim e da França pedem esclarecimentos sobre o processo de votação da competição. A direção do Miss France ameaçou retirar sua participação da edição de 2026 caso não receba respostas transparentes. Os organizadores ressaltaram que, devido às taxas pagas e à representatividade das marcas nacionais, exigem clareza sobre o funcionamento da votação.

A edição do Miss Universo 2025, realizada na Tailândia, foi encerrada na última sexta-feira (20) com a coroação de Fatima Bosch, do México, em meio a episódios de insultos e acusações de manipulação. Bosch foi alvo de ofensas do executivo responsável pelo evento, Nawat Itsaragrisil, que a chamou de “estúpida” por supostamente não promover suficientemente a Tailândia em suas redes sociais.

A repercussão do insulto chegou até a presidente do México, que elogiou a postura da vencedora, e levou o Miss Universo a condenar publicamente a atitude do organizador tailandês. A vitória de Bosch é vista como uma resposta aos incidentes que marcaram a competição.

A representante da Índia, Veena Praveenar, terminou em segundo lugar, e a venezuelana Stephany Abasaly em terceiro. A brasileira Gabriela Lacerda alcançou o Top 30 e agradeceu o apoio recebido dos brasileiros.

Durante o concurso, dois membros do júri abandonaram o evento. O compositor francês Omar Harfouch acusou a organização de manipulação eleitoral envolvendo um “voto secreto e ilegítimo”. Ele classificou a vitória da Miss México como falsa. A organização do Miss Universo negou as acusações. Outro jurado, o ex-jogador francês Claude Makélélé, deixou o júri por motivos pessoais.

Entre as atrações da competição preliminar de trajes típicos, a brasileira Gabriela Lacerda desfilou vestida como Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. O vestido, criado pelo designer Mario Cezar, ganhou destaque nas redes sociais. A norueguesa Leonora Lysglimt-Rødland também chamou a atenção com uma fantasia que representava um salmão gigante, símbolo nacional de seu país.

No desfile de traje de gala, a miss Jamaica, Gabrielle Henry, sofreu uma queda e foi hospitalizada na Tailândia. A organização local informou que ela está sob cuidados médicos e não apresenta ferimentos graves.

Esta não foi a única mudança dentro da organização do Miss Universo em 2025. Em junho, Anne Jakrajutatip, ex-diretora executiva e co-proprietária da Organização Miss Universo, renunciou ao cargo após denúncias de falsificação financeira envolvendo sua empresa, a JKN.

A sequência de incidentes e renúncias durante o Miss Universo 2025 gerou questionamentos sobre a transparência e a ética da competição, afetando participantes e entidades envolvidas.

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Fonte: g1.globo.com