Economia

Dois empresários presos temporariamente na operação da Políc

Dois empresários presos temporariamente na operação da Políc
  • Publishednovembro 21, 2025

Dois empresários presos temporariamente na operação da Polícia Federal que investiga fraudes no Banco Master foram soltos na noite de quinta-feira (20) em São Paulo após o não pedido de renovação das prisões. A ação faz parte da operação Compliance Zero, que apura esquema fraudulento na instituição financeira.

Os liberados são André Felipe de Oliveira Seixas Maia, diretor de empresa suspeita de envolvimento no esquema, e Henrique Souza Silva Peretto, sócio de empresa relacionada ao caso. Outros cinco investigados permanecem em prisão preventiva na sede da Polícia Federal por tempo indeterminado.

Entre os detidos que seguem presos estão Daniel Bueno Vorcaro, presidente do Banco Master; Augusto Ferreira Lima, ex-CEO; Luiz Antônio Bull, diretor de Riscos e Compliance; Alberto Felix de Oliveira Neto, superintendente executivo de Tesouraria; e Ângelo Antônio Ribeiro da Silva, sócio da instituição.

A crise no Banco Master teve início na terça-feira (18), quando o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do banco após a tentativa de venda para a Fictor Holding Financeira. O BC decidiu encerrar as operações por considerar que a instituição estava em situação econômico-financeira insustentável e violava normas bancárias.

O Banco Central determinou ainda a nomeação da EFB Regimes Especiais de Empresas para a administração especial temporária da instituição, o que suspendeu negociações de venda e impacta investidores que detêm títulos do banco.

Daniel Vorcaro foi preso pela Polícia Federal na noite de segunda-feira (17), no aeroporto de Guarulhos, durante tentativa de saída do país em um avião particular com destino a Malta, segundo a investigação. Sua defesa nega que ele estivesse tentando fugir, afirmando que o voo seguia para Dubai.

A investigação identificou um esquema envolvendo emissão fraudulenta de R$ 50 bilhões em CDBs com promessa de juros acima do mercado, sem lastro em liquidez comprovada. Parte dos recursos foi aplicada em ativos inexistentes, como créditos comprados sem pagamento da empresa Tirreno e revendidos ao Banco de Brasília (BRB) por R$ 12,2 bilhões sem documentação adequada.

O BRB, que tentou adquirir o Banco Master anteriormente, teve o presidente Paulo Henrique Costa afastado do cargo por decisão judicial, junto com o diretor financeiro Dario Oswaldo Garcia Junior, por 60 dias. O Ministério Público Federal apontou indícios de participação consciente dos dirigentes do BRB no esquema fraudulento do Master.

Além das prisões, a operação gerou impacto político devido à suposta influência de parlamentares e governadores ligados a Vorcaro sobre bancos e fundos de pensão envolvidos nas operações. Investimentos do fundo Rioprevidência, que garante aposentadorias no Rio de Janeiro, também foram atingidos, com R$ 960 milhões aplicados no grupo do banco.

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) garante até R$ 250 mil por investidor para correntistas e aplicações como CDB, RDB, LCI e LCA. No entanto, investimentos em debêntures, CRIs, CRAs e fundos de investimento não contam com essa proteção. Para solicitar indenização, pessoas físicas devem usar o aplicativo do FGC, enquanto pessoas jurídicas fazem pedido pelo site.

A operação Compliance Zero prendeu sete pessoas, sendo cinco preventivas e duas temporárias. As defesas de alguns envolvidos alegam surpresa e negam irregularidades, destacando cooperatividade com as autoridades. O Banco de Brasília afirmou manter suas operações normalmente e cumprir normas de transparência e compliance.

A liquidação extrajudicial do Banco Master encerra suas atividades no sistema financeiro e inicia processo para venda de ativos e quitação de credores conforme a legislação. O caso permanece sob investigação para esclarecer todos os desdobramentos do esquema fraudulento.

Palavras-chave relacionadas para SEO: Banco Master, Polícia Federal, operação Compliance Zero, liquidação extrajudicial, Daniel Vorcaro, fraudes bancárias, Banco Central, Fundo Garantidor de Créditos, BRB, crise financeira, investimento seguro, recuperação judicial.

Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

Leave a Reply