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Especialistas debatem ética e uso da inteligência artificial

Especialistas debatem ética e uso da inteligência artificial
  • Publishednovembro 16, 2025

Especialistas debatem os limites éticos do uso da inteligência artificial (IA) na medicina durante a FISweek 2025, evento realizado nesta semana focado em inovação na área da saúde. A discussão reforçou que a questão não é se a IA será usada, mas quando e de que forma, principalmente no contexto da telemedicina e das decisões clínicas.

O diretor-executivo da Rede Total Care, Charles Souleyman, destacou que a telemedicina não deve servir apenas para reduzir custos com consultas breves. Segundo ele, esse modelo pode resultar em atendimento de baixa qualidade e na solicitação excessiva de exames, distorcendo o processo clínico.

O urologista e especialista em telemedicina Carlos Sacomani ressaltou a necessidade de garantir a qualidade dos algoritmos aplicados. Ele afirmou que os dados usados devem ser robustos e que é fundamental verificar se os algoritmos foram adequadamente treinados e validados. Sacomani alertou para a oferta de produtos que prometem soluções abrangentes sem comprovação consistente.

A preparação dos profissionais de saúde para lidar com a inteligência artificial foi outro ponto destacado. Souleyman afirmou que os médicos precisam ser capacitados para formular perguntas adequadas durante a consulta. Ele reforçou que essa formação ainda é insuficiente nos currículos das faculdades de medicina e que precisa ser incorporada com urgência.

Segundo os especialistas, a IA pode contribuir para consultas mais eficientes ao sugerir falas que confortem o paciente, levantar dúvidas importantes que podem ter sido ignoradas e recomendar exames complementares com base em dados clínicos. Isso pode aprimorar a qualidade do atendimento.

Além do suporte em consultas, a inteligência artificial pode melhorar a gestão hospitalar. Souleyman exemplificou com o funcionamento de um pronto-socorro, onde a IA poderia filtrar imagens de raio-X normais, enviando para os radiologistas apenas os casos suspeitos. Essa prática reduziria custos e otimizaría o tempo dos especialistas.

A ética no uso da inteligência artificial na medicina envolve garantir que a tecnologia seja aplicada com responsabilidade, critérios claros e foco no benefício ao paciente. O debate reforça a importância de regras e práticas que assegurem transparência, qualidade e segurança na implementação da IA nos serviços de saúde.

Com os avanços tecnológicos, o foco do setor de saúde precisa estar na combinação da inteligência artificial com o conhecimento humano, valorizando a experiência clínica e a empatia no atendimento. A questão ética continuará pautando as discussões conforme o uso da IA se torna cada vez mais presente no cotidiano médico.

A FISweek 2025 evidenciou que a inteligência artificial é uma ferramenta que traz desafios e oportunidades, exigindo um olhar crítico e responsável para sua adoção no sistema de saúde.

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Fonte: g1.globo.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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