A greve dos pilotos da Latam Airlines no Chile, iniciada

A greve dos pilotos da Latam Airlines no Chile, iniciada em 12 de novembro, cancelou 173 voos e afetou cerca de 20 mil passageiros. A paralisação ocorre após a falha nas negociações entre a empresa e o Sindicato de Pilotos da Latam (SPL) e deve se estender até o dia 17 de novembro.
A interrupção dos serviços acontece devido à rejeição das propostas para um novo contrato coletivo, principalmente por parte dos pilotos que reivindicam a recomposição dos salários e benefícios cortados em 2020. O Sindicato alega que os pilotos foram os únicos funcionários da Latam que ainda não tiveram suas condições de trabalho restauradas após o período de crise provocado pela pandemia de Covid-19.
Durante a pandemia, os pilotos aceitaram reduzir seus salários pela metade para colaborar na manutenção das operações da empresa diante da paralisação global do setor aéreo. Segundo o SPL, o bom desempenho financeiro recente da Latam torna as negociações para restaurar as condições anteriores urgentes, mas a companhia recusou-se a reverter as perdas sofridas durante os anos de reestruturação.
A Latam Airlines é a maior companhia aérea da América do Sul, com cerca de 39 mil funcionários e uma frota com mais de 350 aeronaves. A greve foi decidida em assembleia que contou com a participação de 500 dos 900 pilotos que atuam na empresa no Chile.
A companhia aérea informou que implementou medidas para minimizar os transtornos causados pela paralisação, oferecendo reacomodação em outros voos, alteração gratuita de data ou reembolso integral das passagens afetadas. Segundo a empresa, a maioria dos passageiros já recebeu essas soluções e as medidas continuam vigentes durante o período da greve.
Paulo Miranda, vice-presidente de Clientes do grupo Latam, afirmou que a empresa está empenhada em manter a conectividade no país, com foco nas regiões mais afetadas, e em oferecer a melhor solução possível aos passageiros impactados.
A Latam recomendou que os passageiros verifiquem o status de seus voos pelo site oficial ou pelo aplicativo da empresa, na seção “Minhas Viagens”, onde as atualizações são disponibilizadas em tempo real. A companhia também reafirmou que segue aberta ao diálogo com o sindicato na tentativa de encerrar a paralisação.
No Brasil, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), que representa pilotos e comissários, declarou apoio à greve dos pilotos chilenos. A entidade ressaltou a importância do papel da categoria durante a pandemia e defendeu que acordos entre trabalhadores e empresas devem ser vistos como investimento, não custo. O SNA também destacou a necessidade de diálogo, boa-fé e respeito ao direito legal de greve.
Até o momento, não há informações oficiais sobre impactos da greve nos voos entre Brasil e Chile.
A paralisação dos pilotos da Latam no Chile segue sendo acompanhada pela companhia, pelo sindicato e pelos órgãos reguladores do transporte aéreo, dadas as consequências para milhares de passageiros e o setor de aviação na região.
Fonte: g1.globo.com
Fonte: g1.globo.com