Economia

O dólar abriu em alta nesta quinta-feira (30), cotado a

O dólar abriu em alta nesta quinta-feira (30), cotado a
  • Publishedoutubro 30, 2025

O dólar abriu em alta nesta quinta-feira (30), cotado a R$ 5,3701 por volta das 9h05, com investidores atentos ao acordo comercial entre Estados Unidos e China e aos dados econômicos locais. O encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, durante a cúpula na Coreia do Sul, impulsionou a expectativa no mercado, além dos efeitos da recente decisão do Federal Reserve (Fed) sobre os juros nos EUA.

Trump e Xi firmaram um acordo para reduzir tarifas sobre produtos chineses, com Pequim comprometendo-se a comprar soja americana e liberar a exportação temporária de minerais estratégicos. Apesar disso, a reação do mercado foi cautelosa, refletindo a complexidade das negociações comerciais entre os dois países.

Nos Estados Unidos, o Fed cortou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 3,75% e 4%, menor nível desde novembro de 2022. O banco central americano baseou sua decisão na desaceleração do mercado de trabalho e nos números da inflação abaixo do esperado, divulgados mesmo durante o shutdown que afeta o governo norte-americano há 29 dias. Jerome Powell, presidente do Fed, destacou que as condições do mercado de trabalho apresentam sinais de enfraquecimento e que a política monetária não está em um caminho pré-determinado, deixando em aberto a possibilidade de novas decisões em dezembro.

No Brasil, o mercado acompanha a divulgação do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de outubro, utilizado como referência para reajustes contratuais e aluguéis. Ainda nesta quinta, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulga números sobre empregos formais, e o Banco Central apresenta dados do fluxo cambial, que indicam a movimentação de dólares no país. O Tesouro Nacional também divulga o resultado primário do governo central referente a setembro, seguido de entrevista coletiva com representantes da pasta.

Na bolsa brasileira, o Ibovespa iniciou as negociações próximo aos 148,6 mil pontos, após bater seu 18º recorde em 2025 na véspera. A temporada de balanços corporativos movimenta o índice, com expectativa para a divulgação do desempenho da Vale ao final do pregão, que pode influenciar o rendimento do mercado acionário.

No Senado dos Estados Unidos, um projeto para anular tarifas impostas por Trump a produtos brasileiros, como petróleo, café e suco de laranja, foi aprovado por 52 votos a 48. O texto, de caráter simbólico e apresentado pelo senador Tim Kaine, enfrenta dificuldades para avançar na Câmara, controlada pelos republicanos, e pode ser vetado pelo presidente. A votação expôs resistências internas ao pacote tarifário de Trump dentro do Partido Republicano.

Em âmbito internacional, as bolsas globais reagiram às decisões do Fed e às negociações comerciais entre EUA e China. Em Wall Street, o S&P 500 fechou estável, o Dow Jones recuou 0,15% e o Nasdaq subiu 0,55%, após Powell afastar a certeza de novo corte de juros em dezembro. Na Europa, a maioria dos índices caiu antes da decisão de política monetária norte-americana, enquanto o FTSE 100, de Londres, registrou alta de 0,61%.

Por outro lado, os mercados asiáticos encerraram o dia em alta, favorecidos por balanços positivos e pelo avanço nas negociações entre Washington e Pequim. O índice de Xangai atingiu seu nível mais alto desde 2015, com crescimento de 0,7%, e o CSI300 subiu 1,19%, o maior patamar desde 2022. Em Tóquio, Seul e Taiwan, os principais índices tiveram avanços entre 1,24% e 2,17%. Hong Kong permaneceu fechado devido a feriado local.

Desde o início do ano, o dólar acumula queda de 13,30%, porém teve alta de 0,67% no mês e queda semanal de 0,63%. O Ibovespa apresenta valorização acumulada de 23,57% no ano, com alta semanal de 1,68%. O cenário atual reflete a influência dos movimentos diplomáticos e econômicos internacionais, além das condições internas do Brasil e dos Estados Unidos.

A evolução dos mercados seguirá sendo impactada pela continuidade das negociações comerciais, pela política monetária global e pelos indicadores econômicos locais, com atenção também para os resultados corporativos e para as possíveis modificações nas tarifas entre países.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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