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Mark Smith, de origem britânica, abandonou as viagens

Mark Smith, de origem britânica, abandonou as viagens
  • Publishedoutubro 29, 2025

Mark Smith, de origem britânica, abandonou as viagens aéreas e opta por cruzar a Europa de trem desde sua adolescência. Em 2024, ele realiza uma viagem de Londres a Tallinn, enfrentando um percurso de 1,8 mil quilômetros que leva quatro dias, envolve oito conexões ferroviárias e custa cerca de 500 dólares, muito mais caro e demorado do que a rota aérea equivalente.

A escolha de viajar de trem nasceu aos 17 anos, quando participou de excursões escolares pelo sul da França e Rússia. “Havia paisagens, pessoas — uma realidade que as viagens de avião não têm”, afirma ele, destacando a experiência que os trens proporcionam em contraste ao transporte aéreo.

Durante seus estudos universitários, Smith trabalhou em uma agência de viagens especializada em bilhetes de trem, acumulando conhecimento sobre rotas e conexões. A paixão o levou a lançar, em 2001, o site seat61.com, uma plataforma que reúne informações sobre viagens ferroviárias em mais de cem países. Atualmente, o site recebe até um milhão de visitas por mês e orienta viajantes que buscam alternativas ao avião, seja por medo de voar ou por questões ambientais.

O impacto ambiental das viagens está entre os fatores que motivam Smith e muitos outros. O transporte aéreo é responsável por cerca de 2,5% das emissões globais de CO2 causadas por atividades humanas, enquanto os trens representam apenas 0,26%. Um voo de Londres a Tallinn emite aproximadamente 380 quilos de CO2 por passageiro, contra 110 a 140 quilos em viagens ferroviárias, números que devem cair ainda mais com a eletrificação das ferrovias e o uso de energia renovável.

Apesar das vantagens ambientais, viajar de trem na Europa apresenta desafios. Smith relata que utilizou trens de seis empresas diferentes para chegar a Tallinn, cada uma com sistema de reservas, idioma e moeda próprios. Essa fragmentação dificulta o planejamento e aumenta o risco de atrasos e perdas de conexão, tornando o trajeto estressante para muitos passageiros.

Especialistas apontam que o sistema ferroviário ainda trata os usuários como mercadoria, priorizando o transporte entre pontos sem focar na experiência humana. O fato de os trens pararem inesperadamente em locais remotos também gera ansiedade. Além disso, a infraestrutura ferroviária europeia enfrenta dificuldades para se modernizar devido aos altos custos, que superam os investimentos em rodovias. A construção de linhas de alta velocidade chega a custar 25 milhões de euros por quilômetro.

Outro aspecto que gera críticas é o tratamento tributário diferenciado entre modais. Em alguns países, bilhetes de trem são tributados, enquanto passagens aéreas contam com isenções fiscais e subsídios ao combustível, o que favorece o transporte aéreo. Smith defende a igualdade nas políticas públicas para equilibrar as opções disponíveis.

Mesmo assim, o transporte ferroviário cresce na Europa e globalmente. Em 2024, o número de passageiros que utilizam trens de longa distância ou interregionais ultrapassou a marca de 1 bilhão, revelando uma retomada da demanda por essa modalidade de transporte.

Mark Smith segue promovendo uma alternativa que une experiência e sustentabilidade, combinando informações detalhadas e incentivo à mudança de hábitos. Sua trajetória reflete as transformações e desafios do transporte ferroviário contemporâneo.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

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