Economia

Um BYD Dolphin pegou fogo durante a recarga

Um BYD Dolphin pegou fogo durante a recarga
  • Publishedoutubro 22, 2025

Um BYD Dolphin pegou fogo durante a recarga em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, no último domingo (19), devido ao uso de uma instalação improvisada e inadequada. O incêndio ocorreu enquanto o veículo elétrico estava estacionado na rua, com o fogo se concentrando no interior da cabine e as baterias intactas.

O Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul explicou que o fogo começou em uma extensão elétrica que não suportava a carga exigida pelo carro. A extensão passava pelo interior do veículo e estava conectada a um carregador posicionado sobre o estofamento do banco. A sobrecarga fez com que o cabo derretesse e se rompesse no ponto de contato com o carregador.

O professor de engenharia elétrica Genaro Mariniello da Silva, da FMU, afirmou que o uso de extensões inadequadas em contato com materiais inflamáveis, como o estofamento do carro, pode provocar superaquecimento e incêndio. Segundo ele, riscos similares ocorrem em residências com aparelhos de alto consumo ligados a tomadas sem as normas de segurança.

A BYD não se manifestou sobre o incidente.

Para garantir a segurança na recarga em casa, o manual do BYD Dolphin orienta o uso de tensão de 220 volts, corrente de 10 amperes e circuito com aterramento. Com essas especificações, a potência fornecida fica em torno de 2.200 watts, valor inferior ao consumo médio de um chuveiro elétrico típico, que pode chegar a 6.000 watts em 220 volts.

Entre as recomendações do manual estão evitar cabos enrolados, não ultrapassar temperatura ambiente de 50 °C, não colocar o carregador portátil no porta-malas ou próximo a pneus, evitar quedas ou passos em cima do carregador e não usar fios ou adaptadores adicionais. No caso do diário Dolphin incendiado, o uso de extensão para ligar o veículo a uma tomada na janela descumpriu essas orientações.

Clemente Gauer, diretor de segurança da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), apontou que o calor dentro do veículo contribuiu para o incêndio, já que os vidros estavam fechados para evitar furtos do adaptador. Ele explicou que a radiação solar pode elevar a temperatura interna do carro a até 50 °C, aumentando o risco de combustão espontânea em condições inadequadas.

Silva recomendou que a recarga seja feita em ponto exclusivo, com instalação feita por profissional qualificado e uso de carregador portátil com proteções integradas, mesmo no ambiente doméstico.

A ABVE destaca que o aumento da frota de veículos elétricos no Brasil exige adaptação da infraestrutura de recarga. Atualmente, o país possui 16.880 pontos públicos de recarga, com uma média de quase 19 veículos por ponto. A maioria dos eletropostos segue normas de segurança rígidas, incluindo aterramento e estrutura dedicada, diferentes do uso de tomadas domésticas.

São Paulo concentra o maior número de eletropostos, com 4.777 unidades, equivalente a 28,3% do total. No Rio Grande do Sul, onde ocorreu o incêndio, são 1.455 pontos, sendo 288 na capital Porto Alegre e 42 na cidade de Santa Maria.

Gauer afirmou que veículos 100% elétricos são seguros e que incidentes como esse decorrem do uso incorreto da recarga, não do próprio sistema do veículo. O caso reforça a importância de seguir normas e orientações para evitar riscos durante a recarga em ambientes residenciais e públicos.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

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Caio Marcio

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