Economia

Os analistas do mercado financeiro reduziram as estimativas

Os analistas do mercado financeiro reduziram as estimativas
  • Publishedoutubro 20, 2025

Os analistas do mercado financeiro reduziram as estimativas de inflação para os anos de 2025 e 2026, segundo o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central. A pesquisa foi realizada com mais de 100 instituições financeiras na semana passada.

A projeção para a inflação em 2025 caiu de 4,72% para 4,70%. Para 2026, a estimativa passou de 4,28% para 4,27%. As expectativas para 2027 e 2028 também foram revisadas para baixo, com previsão de 3,83% e 3,60%, respectivamente.

Desde 2025, o sistema de meta contínua estabelece o objetivo de manter a inflação em 3%, com intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%. O Banco Central ajusta a taxa Selic para manter os índices dentro desse intervalo.

Como o efeito da Selic na economia demora entre seis e 18 meses, o BC baseia suas decisões considerando a inflação esperada para até o primeiro trimestre de 2027, atualmente monitorada com atenção.

A inflação acumulada em 12 meses passou, desde janeiro, a ser comparada diretamente à meta e seu intervalo. Caso a inflação ultrapasse o teto do sistema (4,5%) por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.

No último registro, a inflação superou o limite durante seis meses seguidos até junho. Por isso, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, enviou uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos do novo descumprimento.

Galípolo atribuiu a alta inflação à atividade econômica aquecida, à variação cambial, ao custo da energia elétrica e a anomalias climáticas.

A inflação alta afeta o poder de compra, especialmente das pessoas com salários mais baixos, porque os preços sobem mais rapidamente que os rendimentos.

Além da inflação, o boletim Focus apresentou a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para os próximos anos. A estimativa de crescimento do PIB em 2025 subiu levemente de 2,16% para 2,17%. Para 2026, a previsão de crescimento permaneceu em 1,80%.

A taxa básica de juros, atualmente em 15% ao ano, teve suas projeções mantidas para 2025, 2026 e 2027. Para o final de 2026, permanece em 12,25% ao ano, e para o encerramento de 2027, está estimada em 10,50% ao ano.

Outras previsões do mercado financeiro indicam que a taxa de câmbio deve ficar em R$ 5,45 no final de 2025, e em R$ 5,50 no encerramento de 2026.

Em relação à balança comercial, o superávit esperado diminuiu de US$ 62 bilhões para US$ 61,15 bilhões em 2025, enquanto para 2026 caiu de US$ 65,72 bilhões para US$ 65,22 bilhões.

A entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil foi mantida em US$ 70 bilhões para 2025 e 2026.

O boletim Focus mostra que, apesar da leve redução nas estimativas de inflação para o médio prazo, o Banco Central e o mercado financeiro continuam alinhados na expectativa de manutenção de juros elevados para conter pressões inflacionárias.

As projeções econômicas refletem o acompanhamento das condições atuais do país, incluindo fatores internos e externos que influenciam a inflação e o crescimento econômico.

Palavras-chave: inflação 2025, inflação 2026, boletim Focus, Banco Central, taxa Selic, meta de inflação, PIB 2025, PIB 2026, taxa de juros, mercado financeiro, balança comercial, investimento estrangeiro, economia brasileira

Fonte: g1.globo.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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