Economia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou
  • Publishedoutubro 17, 2025

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (17) que a tarifa de 100% sobre produtos chineses não é sustentável, mas defendeu sua adoção devido à postura da China nas negociações comerciais. Ele também confirmou que deve se reunir com o presidente Xi Jinping nas próximas duas semanas para discutir o tema.

Em entrevista à Fox Business Network, Trump declarou que a China sempre busca vantagens nas negociações e admitiu não saber como o conflito comercial será resolvido. “Vamos ver o que acontece”, disse o presidente norte-americano.

Na mesma data, a missão chinesa na Organização Mundial do Comércio (OMC) criticou os Estados Unidos por enfraquecerem o sistema multilateral baseado em regras desde a posse do novo governo, em 2025. Pequim acusa Washington de aplicar políticas discriminatórias, tarifas retaliatórias e sanções unilaterais que violariam os compromissos assumidos na OMC.

A delegação chinesa anunciou que o Ministério do Comércio da China vai avaliar o cumprimento das obrigações dos EUA em 11 áreas específicas. O relatório deve reforçar os pedidos para que os Estados Unidos respeitem as normas da OMC e cooperem com outros membros para fortalecer a governança econômica global.

As tensões comerciais entre China e Estados Unidos se intensificaram nos últimos dias, após uma série de críticas e imposições tarifárias mútuas. Em 10 de outubro, Trump criticou a decisão da China de restringir a exportação de elementos usados em terras raras e anunciou a aplicação de uma tarifa extra de 100% sobre produtos chineses a partir de 1º de novembro.

Trump ameaçou ainda cortar certos negócios com a China, citando “óleo de cozinha e outros elementos de comércio”, como retaliação à suspensão pela China da compra de soja dos Estados Unidos desde maio em resposta às políticas comerciais americanas.

Em sua rede social Truth Social, o presidente norte-americano declarou que a suspensão das compras de soja foi um ato economicamente hostil contra os produtores americanos. Ele ponderou que os EUA podem produzir óleo de cozinha internamente, reduzindo a dependência chinesa.

O Ministério do Comércio da China respondeu afirmando que os controles sobre elementos de terras raras são uma reação às medidas dos Estados Unidos desde as negociações do mês anterior. O órgão considerou que ameaças de tarifas elevadas não são a abordagem correta e declarou estar preparado para tomar medidas em defesa de seus direitos caso Washington mantenha uma postura unilateral.

Com o aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos, exportadores chineses têm buscado novos mercados na Europa, América Latina e Oriente Médio. Segundo a agência Reuters, empresas que antes dependiam do mercado americano estão tentando compensar a redução nas vendas com clientes alternativos.

Apesar da queda nas vendas para os EUA, as exportações totais da China cresceram 7,1% nos primeiros nove meses do ano. No entanto, muitos empresários reportam aumento da concorrência, queda nos preços e vendas com prejuízo.

Na Feira de Cantão, considerada a maior feira comercial do mundo, a presença de compradores norte-americanos diminuiu considerablemente, enquanto países como o Brasil aumentaram sua participação. Para fabricantes chineses, perder o mercado norte-americano representa a perda de um impulsionador importante para o setor.

As bolsas de valores da China e de Hong Kong registraram queda significativa nesta semana, apresentando o pior desempenho desde abril. O índice de Xangai caiu quase 2%, o CSI300 recuou pouco mais de 2% e o Hang Seng teve uma queda de cerca de 2,5%, acumulando perda de 4% na semana.

Analistas indicam que a instabilidade do mercado reflete o clima de cautela dos investidores diante das tensões comerciais e da recente venda de ações de companhias ligadas à inteligência artificial para realização de lucros. A próxima reunião do Partido Comunista Chinês, prevista para a semana seguinte, será observada como possível indicativo do novo plano econômico da China.

A escalada das disputas comerciais entre as duas maiores economias do mundo mostra um panorama de incerteza. O encontro entre Trump e Xi Jinping surge como uma oportunidade para tentar reverter a trajetória de conflito, embora o desfecho permaneça indefinido.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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