O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu temporariamente o Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB) por falta de orçamento. A decisão foi anunciada em agosto de 2025 e tem impacto direto na análise e revisão dos benefícios previdenciários e assistenciais.

O presidente do INSS, Gilberto Waller Jr., enviou um ofício ao Ministério da Previdência solicitando suplementação orçamentária de R$ 89,1 milhões para garantir a continuidade do programa. Sem a verba necessária, o PGB foi interrompido.

O PGB visa reduzir a fila de atendimento do INSS por meio da reavaliação e revisão dos benefícios concedidos. O programa oferece um bônus aos servidores que analisam um número de requerimentos acima da meta diária estabelecida.

Desde sua implantação, em 15 de abril de 2025, o programa ajudou a acelerar o processamento dos pedidos. Contudo, a fila de espera do INSS permanece alta, ultrapassando 2,6 milhões de brasileiros em agosto, segundo dados do Portal da Transparência.

Com a suspensão do programa, o INSS determinou que não sejam concluídas novas tarefas na modalidade “análise extraordinária”. Tarefas pendentes ou em exigência devem retornar à fila comum de processamento de benefícios.

A decisão ocorre em meio a um aumento constante da fila de espera nos últimos meses. Em dezembro de 2024, a fila estava em cerca de 2 milhões, atingiu o pico de 2,7 milhões em março de 2025 e, mesmo após, permaneceu acima de 2,6 milhões de cidadãos aguardando análise.

Apesar da suspensão, a presidência do INSS reconheceu a importância do PGB para a redução do tempo médio de análise e destacou o empenho dos servidores envolvidos no programa.

A autarquia informou que está atuando junto aos órgãos competentes para obter a suplementação dos recursos necessários e retomar o programa o mais rapidamente possível. A reportagem solicitou um posicionamento oficial ao INSS e aguarda retorno.

O Programa de Gerenciamento de Benefícios é uma das principais ferramentas do INSS para tentar melhorar a eficiência no atendimento e a aprovação de pedidos de benefícios. A interrupção temporária do programa poderá agravar o tempo de espera dos segurados.

A suspensão também pode afetar a gestão interna do instituto, considerando que o bônus pago aos servidores está vinculado ao desempenho previsto no programa.

O cenário orçamentário tensiona as operações do INSS em meio à crescente demanda por serviços e à necessidade de garantir o pagamento de benefícios previdenciários e assistenciais.

A retomada do PGB dependerá da liberação dos recursos adicionais solicitados pelo presidente do INSS, decisão que deve envolver o Ministério da Previdência e o governo federal.

Até o momento, não há prazo definido para a retomada do programa, que é visto como fundamental para encurtar os prazos de concessão dos benefícios.

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Fonte: g1.globo.com