Economia

Dados preliminares do Censo 2022 divulgados pelo IBGE

Dados preliminares do Censo 2022 divulgados pelo IBGE
  • Publishedoutubro 9, 2025

Dados preliminares do Censo 2022 divulgados pelo IBGE mostram que mulheres ganham quase 20% a menos que homens no Brasil, mesmo com maior escolaridade, e apresentam menor taxa de ocupação. O levantamento foi realizado em julho de 2022 com pessoas de 14 anos ou mais que trabalhavam ou estavam temporariamente afastadas.

O rendimento médio mensal das mulheres foi de R$ 2.506, enquanto o dos homens alcançou R$ 3.115, diferença de 19,6%. A disparidade salarial aumentou entre os trabalhadores com ensino superior completo, onde homens tiveram rendimento médio de R$ 7.347 contra R$ 4.591 das mulheres, uma diferença de 37,5%.

Apesar dessa discrepância, 28,9% das mulheres ocupadas tinham ensino superior completo, contra 17,3% dos homens. Por outro lado, 43,8% dos homens não haviam concluído o ensino médio, percentual maior que os 29,7% das mulheres nessa condição.

O Censo também indicou redução no nível de ocupação, que passou de 55,5% em 2010 para 53,5% em 2022. As Regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste apresentaram as maiores taxas, com 60,3%, 59,7% e 56%, respectivamente. No Nordeste e Norte, os índices foram mais baixos, 45,6% e 48,4%.

Por unidades da federação, Santa Catarina (63,5%), Distrito Federal (60,4%), Mato Grosso e Paraná (60,3%) tiveram os maiores níveis de ocupação. Piauí (43%), Paraíba (43,5%) e Maranhão (43,6%) ficaram com os menores percentuais.

O Índice de Gini, que mede desigualdade na distribuição de renda, foi de 0,542 em 2022, indicando alta concentração de renda no país. As regiões Norte (0,545) e Nordeste (0,541) apresentaram os maiores índices, enquanto a Região Sul teve o menor (0,476). Sudeste e Centro-Oeste registraram valores intermediários, 0,530 e 0,531.

O salário mínimo vigente durante a pesquisa era de R$ 1.212, e o levantamento considerou ocupadas as pessoas que trabalharam ao menos uma hora na semana de referência ou estavam temporariamente afastadas de atividade remunerada.

Os dados do Censo 2022 reforçam a persistência de desigualdades de gênero e regionais no mercado de trabalho brasileiro, mesmo diante do avanço educacional das mulheres. A diferença salarial e a menor taxa de ocupação feminina indicam desafios a serem enfrentados para reduzir essas disparidades.

Palavras-chave relacionadas: desigualdade salarial, IBGE, Censo 2022, mulheres no trabalho, renda no Brasil, índice de Gini, mercado de trabalho, escolaridade, taxa de ocupação, desigualdade de gênero.

Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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