A exportação de soja do Brasil atingiu 102,2 milhões de

A exportação de soja do Brasil atingiu 102,2 milhões de toneladas de janeiro a outubro de 2024, superando o volume total registrado em 2023, informou a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) nesta quarta-feira (27). O aumento nas vendas ocorre principalmente devido à preferência da China pela soja brasileira em detrimento da produção dos Estados Unidos, que deixou de fornecer o produto ao país asiático desde maio, após a imposição de uma tarifa de 20% em abril.
A mudança nas compras chinesas está relacionada a medidas comerciais adotadas durante o governo Trump, quando a China aplicou tarifas como retaliação. Com isso, o Brasil consolidou sua posição no mercado internacional, aumentando sua participação e registrando um recorde anual ainda em outubro.
Em 2023, o Brasil alcançou o recorde anterior de exportações, com 101,3 milhões de toneladas, superando os 97,3 milhões de toneladas de 2022, quando a produção foi afetada por problemas climáticos. A safra de 2024 também alcançou um recorde, com volume acima de 170 milhões de toneladas colhidas.
A Anec destacou que, em setembro, a China importou 6,5 milhões de toneladas de soja brasileira, equivalentes a 93% do total exportado pelo país naquele mês. Embora a participação chinesa nas exportações esteja ligeiramente abaixo dos 80,55% registrados em 2018, período marcado pela primeira guerra comercial entre China e Estados Unidos, seu papel continua sendo fundamental para o crescimento das vendas brasileiras.
As projeções da Anec para outubro indicam embarques de 7,12 milhões de toneladas, um aumento de quase 2,7 milhões de toneladas em relação ao mesmo mês de 2023. Para todo o ano de 2024, a associação estima que as exportações brasileiras de soja atinjam 110 milhões de toneladas, com expectativa de embarque de mais 8 milhões de toneladas entre novembro e dezembro.
Além da soja, a Anec também divulgou dados sobre o milho e farelo de soja. As exportações de milho em outubro devem atingir 6 milhões de toneladas, número superior em 380 mil toneladas ao registrado no mesmo mês do ano passado. Até outubro, as vendas brasileiras de milho somam cerca de 30 milhões de toneladas, colocando o Brasil como segundo maior exportador mundial, atrás dos Estados Unidos.
Quanto ao farelo de soja, as exportações brasileiras foram estimadas em 1,92 milhão de toneladas em outubro, abaixo das 2,46 milhões de toneladas exportadas no mesmo mês de 2023. No acumulado do ano até outubro, as vendas de farelo de soja devem ultrapassar 19 milhões de toneladas.
Esses números demonstram a consolidação do Brasil como principal fornecedor mundial de soja, especialmente diante das mudanças nas relações comerciais entre China e Estados Unidos. Enquanto cresce a demanda chinesa, o país mantém sua influência nos mercados globais de milho e farelo de soja, apesar das variações observadas nesses produtos.
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Fonte: g1.globo.com
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