O filme “Coração de lutador – The smashing machine”, que

O filme “Coração de lutador – The smashing machine”, que estreia nesta quinta-feira (2) nos cinemas brasileiros, reúne boas atuações e direção competente, mas se perde em uma história considerada lenta e pouco envolvente. A cinebiografia do lutador de MMA Mark Kerr traz à tela momentos difíceis de sua carreira, mas não consegue construir uma narrativa clara e empática.
A trama foca especialmente nos anos em que Kerr competiu no Pride, a principal organização japonesa de MMA nos anos 2000, rival do UFC. O longa retrata sua trajetória marcada pelo uso de analgésicos, uma relação conturbada com a namorada e as derrotas nos ringues. O diretor e roteirista Benny Safdie, em sua estreia solo, adota uma fotografia que remete ao espírito das décadas de 1990 e 2000, buscando explorar a fragilidade do protagonista.
Dwayne “The Rock” Johnson assume o papel de Kerr com uma atuação considerada a melhor de sua carreira, mostrando o lutador como alguém ao mesmo tempo forte e vulnerável. Ao seu lado, Emily Blunt interpreta a namorada instável de Kerr, entregando uma performance que destaca uma das poucas cenas memoráveis do filme.
Apesar do esforço dos atores, a narrativa é criticada por seu ritmo lento e por não aprofundar suficientemente os temas abordados. O filme oscila entre o retrato esportivo, o drama sobre dependência de drogas e as relações pessoais, mas não se dedica o bastante a nenhum desses aspectos para criar uma conexão verdadeira com o público.
“Coração de lutador” evita desenvolver um foco claro, o que prejudica o engajamento e a construção da empatia. A atenção dispersa entre várias dificuldades enfrentadas por Kerr impede que a história avance de forma consistente. No final, a cinebiografia falha em apresentar um motivo convincente para que o espectador se interesse pela trajetória do lutador.
O filme mostra potencial em seu elenco e direção técnica, mas o conteúdo da história não acompanha esse desempenho. Essa falta de foco e ritmo compromete o impacto da cinebiografia e limita sua relevância no gênero.
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Fonte: g1.globo.com
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Fonte: g1.globo.com